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Palestra “Escuta Protegida de Crianças e Adolescentes Vítimas e Testemunhas de Violência” reúne profissionais da 4ª Coordenadoria Regional de Educação no auditório da Corregedoria
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 10/05/2024 13:27

A palestra de capacitação “Escuta Protegida de Crianças e Adolescentes Vítimas e Testemunhas de Violência”, realizada pela juíza Vanessa Cavalieri e pela psicóloga Sandra Levy, reuniu, na manhã da quarta-feira, 8, no auditório da Corregedoria Geral da Justiça, profissionais da 4ª Coordenadoria Regional de Educação.

Esse encontro foi aberto pela juíza titular da VIJ, Vanessa Cavalieri, que participou da mesa ao lado da psicóloga Sandra Pinto Levy, coordenadora do Núcleo de Depoimento Especial da Criança e Adolescente da Corregedoria Geral da Justiça (NUDECA). 

 

Participaram, também, desse evento, a coordenadora da 4ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Fátima Barros, e a coordenadora de apoio à gestão escolar, Alessandra Gonçalves dos Santos, que ressaltaram a importância deste tema relacionado à escuta sensível e protegida de crianças e adolescentes.

 

A juíza titular da VIJI, Vanessa Cavalieri, ressaltou que “A palestra tem como objetivo fortalecer a Rede do Sistema de Garantias e Direitos, fundamental para a proteção de crianças e adolescentes”.

A psicóloga Sandra Pinto Levy enfatizou a importância do papel do primeiro profissional para quem a criança revela a violência sofrida, já que esse deve acolher e proteger, mas nunca investigar os fatos, por não ter atribuição para essa última função, e explicou: “Meu trabalho é realizar a oitiva,  em sede judicial, de crianças e adolescentes vítimas de violência. A oitiva é realizada por profissional capacitado na técnica da entrevista cognitiva, especialmente para evitar a indução ou a sugestão da narrativa. A criança ou o adolescente vítima tem a possibilidade de narrar livremente o que sofreu”.

Essa psicóloga ainda apresentou um vídeo com exemplos de como não se deve entrevistar crianças e adolescentes e prosseguiu lembrando a psicóloga americana Elizabeth Loftus, que fala que, dependendo da maneira como se faz a pergunta, é possível alterar a memória.

Em seus agradecimentos, Alessandra Gonçalves dos Santos, coordenadora de apoio à gestão escolar, disse que a secretaria municipal de educação está mobilizando diferentes esforços para o monitoramento das violências praticadas ou percebidas na escola, a fim de gerar dados e evidências a partir dos quais são adotadas decisões. Essa coordenadora, que representou o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, concluiu dizendo que teve a oportunidade de receber as orientações de como dirigir cada caso.  

 

Já a coordenadora Fátima Barros destacou a importância dessa palestra para os profissionais da educação: “Nós somos a última esperança do aluno quando acontece qualquer coisa. Nós precisamos estar preparados e dar credibilidade à fala dele. Temos que nos reciclar para orientar de forma adequada e não punir e negar sem argumento. Temos que unir forças. Se você não sabe o que fazer, você pode perder a possibilidade de ajudar. Com esse encontro, a juíza nos ensinou a sermos bons ouvintes e a auxiliar”.

LCA

Foto Brunno Dantas/ TJRJ