A Comissão Judiciária de Articulação dos Juizados Especiais - COJES é o órgão de supervisão e gestão do sistema dos juizados especiais no estado do Rio de Janeiro.
A comissão foi criada no ano de 1998 com o nome de "Comissão Estadual dos Juizados Especiais e Adjuntos Cíveis e Criminais", composta por dois desembargadores, um juiz de direito, um juiz de direito integrante de turma recursal e um juiz de direito em exercício em juizado especial cível ou criminal. Competia a essa comissão “planejar, supervisionar e orientar, no plano administrativo, o funcionamento e as diretrizes de todos os juizados especiais e adjuntos do estado”, bem como apresentar relação à Presidência do Tribunal, “sugerindo a movimentação de magistrados junto aos juizados especiais”.
No ano seguinte a composição foi ligeiramente alterada para prever três desembargadores e dois juízes em exercício nos juizados especiais, um no âmbito cível e outro no criminal.
Os primeiro membros da comissão dos juizados foram: (i) o desembargador Thiago Ribas Filho, que havia terminado o seu mandato na presidência do Tribunal de Justiça em fevereiro daquele ano; (ii) o desembargador Sérgio Cavalieri Filho; (iii) o desembargador Luiz Fux; (iv) o juiz de direito Luís Felipe Salomão, então titular da 2ª Vara de Falências e Concordatas; (v) a juíza de direito Ana Maria Pereira de Oliveira, então titular da 41ª Vara Cível e coordenadora das turmas recursais; e (vi) Cristina Tereza Gaulia, então titular do I Juizado Especial Cível. Os suplentes eram os juízes de direito Cristina Serra Feijó e Joaquim Domingos de Almeida Neto.
Na motivação do ato de instituição, consta que o “sistema deve funcionar harmoniosamente, com planejamento, supervisão e orientação de todos os Juizados Especiais do Estado, por órgão regularmente investido com tais atribuições, de modo a viabilizar sua plena realização”, destacando-se ainda que o “funcionamento eficiente desse sistema é fundamental para o exercício da cidadania e a boa e correta administração da justiça”.
A criação da comissão se mostrou uma das mais importantes medidas para a consolidação dos juizados especiais como um sistema, pois assumiu um papel de coordenação que dificilmente poderia ser cumprido pelos órgãos gerenciais do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, acostumados apenas com as varas comuns.
Atualmente, a COJES é presidida pela Desembargadora Maria Helena Pinto Machado, que se destaca pelo seu estilo de gestão participativa e grande dedicação à manutenção das conquistas históricas dos juizados especiais.
A COJES é regida pela Resolução TJ/OE nº 03/2025 com suas alterações posteriores, que prevê a Estrutura Organizacional do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências. Dispõe sobre as suas unidades e respectivas atribuições, sendo elas: a Secretaria da Comissão Judiciária de Articulação dos Juizados Especiais, o Núcleo Permanente de Combate a Fraudes no Âmbito dos Juizados Especiais, o Centro Permanente de Conciliação Processual e Pré-Processual e a Assistência de Processo Seletivo para Função de Juízes Leigos.