Servidores do PJERJ aprendem a lidar com estresse. - Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de Janeiro
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O estresse, reação física capaz de alterar o equilíbrio interno do indivíduo gerando risco de desenvolvimento de diversas doenças, tem como um dos fatores a sobrecarga no trabalho e como se lida com ela. O acumulo de trabalho é uma realidade na vida dos servidores do PJERJ e pensando em proporcionar uma melhor qualidade de vida e um melhor dia a dia no trabalho, a Corregedoria Geral da Justiça convidou servidores para assistirem a palestra “Gestão do Estresse e Qualidade de Vida”.
O tema foi ministrado pelo Dr. Alexandre Ghelman, médico neurologista e instrutor do “Curso Gestão do Estresse e Gestão de Pessoas em Serventias Judiciais”. Estavam presentes o Corregedor-Geral, Des. Antonio José Azevedo Pinto, os Juízes Auxiliares da CGJ, Dr. Sergio Ricardo de Arruda Fernandes e Dra. Cristiane Cantisano, o Diretor Geral de Administração, Alessandro Valente, a Diretora da Divisão de Saúde Ocupacional Dra. Ivany Yparraguirre e a Diretora da Divisão de Perícias Dra. Lilian Sznajder.
Para o Corregedor é importante estabelecer uma política de gestão de qualidade de vida a magistrados e servidores, que desenvolvem atividade desgastante. Disse que o estresse, muitas vezes, pode ser o causador de má qualidade do trabalho. “É impossível acabar com o estresse do dia a dia, trabalhar sob pressão é uma constante, o importante é conviver e administrar da melhor maneira possível essa situação , com menos desgaste e estresse”. Pontuou também sua preocupação com o número de problemas causados pelo estresse naqueles que trabalham no Tribunal de Justiça. “A Corregedoria buscará impor barreiras ao avanço do estresse com iniciativas que minimizem e melhorem a qualidade de vida de nossos servidores”, finalizou o desembargador.
As diretoras da área de saúde expuseram como o estresse afeta a saúde física e mental dos servidores. Para a Dr. Lilian Sznajder a perícia médica procura avaliar as enfermidades buscando sempre o melhor encaminhamento dos servidores, muitas vezes, utilizando a readaptação, e outras, o próprio afastamento. A Dra. Ivany Yparraguirre disse que o departamento de saúde deve ser usado também como um meio de melhoria, de promoção de saúde. Ela informou as doenças, detectadas pela perícia médica, que mais afastam servidores no Tribunal de Justiça. São elas: as osteomusculares e as relacionadas a transtornos mentais e comportamentais. “A situação hoje é que o transtorno comportamental afasta tanto em numero quanto em tempo, ou seja, muitas licenças e por grande período de tempo de afastamento. Vivemos em uma sociedade estressante e isso repercute no trabalho, no dia a dia”. A médica considera a ergonomia, uma ferramenta para combater o estresse. “Uma das funções da ergonomia é diagnosticar se o ambiente está hostil favorecendo ao adoecimento. A prática pode encontrar soluções, tratamentos e até a prevenção. Se pudermos trabalhar com esse olhar da ergonomia, de fato, poderemos propor algumas melhorias para o gerenciamento do estresse e um caminho para melhorarmos o cenário nesse campo, no Poder Judiciário”, finalizou.
Para o médico neurologista, Dr. Alexandre Ghelman, grande parte dos problemas de saúde vem da questão emocional. “O estresse é uma interação do individuo com o meio, então muitas vezes o que é estressante para um, não, necessariamente, é para outro. Uma pessoa pode estar tranquila em um cartório estressante e outra pode estar estressada em uma praia, não é somente o ambiente que influencia há também os fatores internos”, disse. O aumento de demanda, pressão por resultados e metas e menos pessoas para executar a mesma tarefa, podem gerar estresse, impactando consequentemente na produtividade, absenteísmo por problemas de saúde, diminuição da capacidade de se concentrar em tarefas e piora do clima organizacional e nas relações interpessoais.
Quem assistiu a palestra pôde aprender quais são os fatores estressores e os protetores, havendo, portanto dois meios de gerenciamento do estresse: a redução desses fatores estressores e o fortalecimento do indivíduo. Os fatores estressores são divididos em Psicossociais (interação com pessoas); Físicos (ruído, frio, calor, ambientes confinados); Organizacionais (sobrecarga de trabalho, trabalho monótono, falta de controle, falta de apoio) e Eventos importantes de vida (problemas de saúde, problemas financeiros). Já os fatores individuais protetores dividem-se em Estilo de vida saudável (atividade física regular, sono adequado, boa alimentação, não fumar, usar o álcool com moderação, tempo para lazer); Fé e espiritualidade ; Suporte social (rede de relacionamentos) e Boa auto-estima.
O Diretor da DGADM, Alessandro Valente, expôs o resultado do Projeto denominado Desenvolver, da Corregedoria, que levou o curso “Gestão de Estresse e Gestão de Pessoas” a escrivães e REs de diversas serventias.“Foram 90% dos gestores capacitados, no total de 729. A ideia é estender a mais servidores e também a magistrados. Pensar na gestão de estresse foi um acerto da Corregedoria, por isso a necessidade de dar continuidade”, informou.Segundo o diretor, o projeto foi selecionado para ser apresentado no 4° Encontro Nacional de Qualidade de Vida no Serviço Público, a ocorrer no mês que vem, em Porto Alegre.
Ao final, o Coral da Corregedoria se apresentou.