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Experiência em caminho de Santiago de Compostela é tema de troca de livros com escritora
Notícia publicada por Secretaria-Geral de Comunicação Social em 22/08/2025 15:24

Evento troca de livros foi realizado no Museu com a participação da escritora Andreia Borges da Silva

O relato da experiência de uma peregrina no caminho português de Santiago de Compostela marcou a troca de livros realizada nesta quinta-feira, 21 de agosto, no Museu da Justiça. Autora de Sozinha pelo Caminho Português de Santiago de Compostela, sua obra mais recente, a escritora Andreia Borges da Silva participou do evento narrando sua experiência ao percorrer o tradicional trajeto de peregrinação. A iniciativa faz parte do programa Museu Convida com troca de Livros, que acontece uma vez por mês, com a presença de um escritor ou escritora.

Nascida em Magé e moradora de Niterói, Andreia é formada em Letras e Direito, trabalha na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj) e é autora de cinco livros publicados, entre contos e romances. No encontro, ela contou que optou por fazer o caminho português do percurso, que tem cerca de 300km, e que resolveu passar pelo desafio sozinha, como um período de reflexão pessoal. “Quando vai acabando, já vai dando saudade do caminho. É um processo muito bacana, em que você vai conhecendo outras pessoas e o próprio caminho”, compartilhou, contando que são muitos os obstáculos a serem enfrentados durante o percurso, que durou 11 dias – árvores, pedras, chuva, se perder em uma floresta, entre outros.

“No final, chegando a Santiago, gera uma satisfação muito grande. Pelo autoconhecimento, pelas pessoas que você vai encontrando pelo caminho. É muito mágico fazer esta peregrinação, muito construtivo”, relatou, destacando que trouxe ainda na bagagem experiências de empatia e solidariedade. “O caminho traz essa lição de que todo mundo se ajuda. Ali, todos somos iguais. Temos que levar isso para a vida”, disse.

O desembargador José Muiños Piñeiro Filho esteve presente ao evento e contou que já fez o caminho francês do trajeto, em que percorreu cerca de 800km a pé em 30 dias. “Fiz uma média de 25 a 35km diários e me perdi algumas vezes”, compartilhou.

Há quase 37 anos trabalhando como servidor do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), o analista judiciário Dorlei Ferreira Junior, de 74 anos, lotado na 8ª Câmara de Direito Público, comparece frequentemente à troca de livros desde 2023. Estando próximo de se aposentar – em janeiro do ano que vem –, o servidor participou também do evento de hoje e disse que o gosto pela leitura vem desde a adolescência.

“Quando conheci esta iniciativa, achei que era muito criativa, porque dava a oportunidade de estar sempre conhecendo alguma coisa nova e fazendo um rodízio, lê, troca novamente”, disse, lembrando que já perdeu um livro que desejava por ter demorado mais um pouco para chegar ao evento devido a outro compromisso. “Queria o livro Escravidão, de Laurentino Gomes, passei por ele e pensei ‘vou pegar ele na volta’, mas, quando vi, já tinham retirado”, contou o leitor, que prefere livros de História e biografias.

A troca de livros no Museu é realizada semanalmente, das 12h à 14h, no hall de entrada dos fundos do Museu. Os visitantes podem levar livros em bom estado – exceto didáticos – e trocar por outro de seu interesse. Já a edição com convidado é realizada uma vez por mês. A lista de livros disponíveis para troca pode ser consultada com antecedência na programação disponível no site do Museu da Justiça.

Doação de livros

Quem quiser doar livros para o projeto pode entrar em contato com Tom Oliveira pelo telefone 3133-1882 ou enviar e-mail para museu@tjrj.jus.br.

Serviço

Troca de livros no Museu da Justiça

Data e horário: Quintas-feiras, das 12h às 14h

Local: Rua Dom Manuel, 29, hall da entrada dos fundos

Confira neste link a programação de agosto do Museu da Justiça 

SF/IA