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Em atendimento especial, Justiça Itinerante transforma vida de transgênero
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 19/05/2022 16:29

Foto posada de Ari Santos na frente do ônibus do Projeto Justiça Itinerante                                            Ari Santos comemora atendimento da Justiça Itinerante para redesignação do gênero e nome 

 

Nem mesmo o frio atípico e o tempo fechado tiraram o sorriso de Ari Santos, nesta quinta-feira (19/5). Em atividade especial por causa do Fórum Nacional de Juizados Especiais (Fonaje), realizado no Fórum Central, o ônibus do Justiça Itinerante atendeu à população, entre eles Ari, em frente ao Museu da Justiça, na Rua Dom Manuel. 

Morador de Bangu, na Zona Oeste, Ari, de 34 anos, falou com carinho do seu novo nome. Segundo ele, a escolha era simples, prática e afetuosa, afinal esse sempre foi seu apelido, desde que era chamado de Ariane. Em um atendimento rápido para a redesignação do nome e gênero, agora ele sairá para trabalhar oficialmente com o nome com o qual sempre se identificou. 

"Eu me sinto mais livre, e me dá mais forças para encarar a vida. Agora eu fico mais tranquilo, mais feliz, sabendo que meu nome será respeitado”, afirmou. 

Ari ficou sabendo do Justiça Itinerante por meio do Transgarçonne, um curso de extensão de gastronomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para pessoas transgêneros. O programa foi criado para prepara-los para o mercado de trabalho, dando oportunidades às pessoas vulneráveis e de baixa renda de se qualificarem na área gastronômica. A própria administração do Transgarçonne preparou toda papelada necessária e enviou para os servidores do Justiça Itinerante. Ari começou o curso na última terça-feira (17/5) e, no próximo sábado (21/05), já chegará à aula com todos seus novos documentos e registros. 

Esperançoso, ele acredita que mesmo em uma época de muita violência contra LGBTs e outras minorias ainda há espaço para afeto, razão e educação. Ari destacou que o Justiça Itinerante não só atua de forma prática agilizando serviços públicos, como a regulamentação de documentos oficiais, como dignifica e respeita as pessoas, num espaço de acolhimento.  

"Serviços como esse ajudam a derrubar preconceitos, pois não só nos engradecem e dão dignidade como espalham conhecimento e conscientização. Estamos sempre na luta para conquistar nossos espaços. Nós também temos direitos e é muito bom ser respeitado assim", agradeceu. 

JGP/MB