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Mediadores fazem análise corporal para resolução de conflitos
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 06/11/2018 14:49

Descobrir as sensações transmitidas pelo corpo também faz parte da preparação do mediador na resolução de conflitos. Essa foi a proposta apresentada nesta terça-feira, dia 6, na reunião com o tema “Análise Bioenergética e Mediação” entre psicólogos e mediadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). O curso fez parte do projeto do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) com o objetivo de ampliar a capacitação e o aperfeiçoamento dos profissionais que atuam na resolução de conflitos.

O juiz André Tredinnick, coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) do Fórum da Leopoldina, que fez a abertura do evento na Sala Multiuso do CCMJ – Museu da Justiça, comentou a importância do encontro para a preparação do mediador.

“O mediador não é um ser pronto. Fazer a mediação exige desse profissional um trabalho psíquico contínuo. Ele precisa entender as sensações que são potencializadas pelo seu corpo”. André Tredinnick contou com psicólogos da Sociedade de Análise Bioenergética do Rio de Janeiro (Saberj) para ministrar a palestra, sendo que duas integrantes da instituição – as psicólogas Adhara Ferreira e Luiza Barreto - são mediadoras do Cejusc da Leopoldina.

Juntamente com as psicólogas Ana Isabel Zibecchi, Fernando Nóbrega e Karen Butland, Adhara e Luiza deram orientações à plateia, ensinando as pessoas a interagirem com sensações de raiva, tristeza e medo. Para isso, foram realizados exercícios corporais e a exibição de um vídeo mostrando um guepardo na caça a um filhote de antílope.

A psicoterapia mente-corporal ou análise bioenergética foi desenvolvida pelo psicanalista Alexander Lowen, nos Estados Unidos. Segundo Adhara Ferreira, foi a primeira vez que se fez este tipo de trabalho no mundo jurídico. Para ela, é importante o mediador ter conhecimento das reações transmitidas pelo corpo, diante da necessidade de ser um personagem imparcial. Na sessão de mediação, esse profissional precisa ser neutro, evitando o envolvimento com qualquer uma das partes. Assim, terá controle da situação. Os psicólogos orientaram os mediadores a fazer uma sessão de relaxamento antes de entrar em uma sessão.

“O nosso corpo é a nossa presença no mundo. O corpo é a expressão da nossa identidade. A análise bioenergética é a técnica terapêutica voltada para exercícios corporais em que o indivíduo pode entrar em contato com as emoções e, em seguida, poder descarregá-las. É um fluxo de tensão e relaxamento”, explicaram as psicólogas, antes de iniciarem os exercícios em que os participantes puderam praticar relaxamento e expor as suas emoções ao grupo.

PC/ SP

Foto: Luis Henrique Vicent

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