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Justiça Itinerante presta atendimento a detentas do Talavera Bruce
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 19/09/2022 13:28

G.S., de 33 anos, e A.M., 23 anos, concretizaram o sonho de formalizar a união estável através do programa Justiça Itinerante, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), que esteve na unidade carcerária Talavera Bruce, em Bangu, na última sexta-feira (16/9) para prestar uma série de serviços – entre eles, a conversão de união estável em casamento. 
 
“Estou firme e forte esperando lá fora por ela, só vai depender dela. Depois, vida nova. Estou muito feliz, melhor ainda será quando ela sair daqui”, completou a ex-presidiária G.S. . 
 
O casal homoafetivo se conheceu no sistema penitenciário quando ambas ficaram na mesma cela. De acordo com a juíza Renata de Lima Machado, da 4ª Vara Cível de São Gonçalo, é sempre uma alegria formalizar um casamento.  
 
“É como se fosse uma flor nascendo de uma pedra”, resumiu a magistrada que celebrou a união logo na primeira audiência do dia. 
 
Já V.F., de 28 anos, finalmente conseguiu passar a guarda do filho de 13 anos para as irmãs dela. Presa por roubo, a detenta vai conseguir receber a visita mensal graças à regularização da documentação do menor, já que o pai morreu meses depois do nascimento. 
 
“Tudo o que eu faria pelo meu filho, se estivesse do lado de fora, elas farão. Vão poder levar ele ao médico, tirar carteira de vacinação, fazer matrícula na escola sem o impedimento da falta de documentação e, principalmente, sem eu perder o poder de mãe”, disse Vanessa. 
 
Para a juíza Lysia Maria da Rosa Mesquita, da 4ª Vara Cível de São João de Meriti, resolver pendências como essa é gratificante. 
 
“O sistema já é tão pesado para eles que quando você consegue pelo menos dar uma identidade, uma certidão de nascimento, damos visibilidade a essas pessoas e também uma chance de, no momento em que saírem, poderem serem reinseridas na sociedade”, relatou a magistrada. 
 
SV/MB 
 
Fotos: Brunno Dantas