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3º episódio do podcast Fórum Aberto discute violência nas escolas
Notícia publicada por DECOI - TJRJ em 19/12/2023 17:47

Já está disponível nas plataformas digitais o terceiro episódio do podcast Fórum Aberto, um produto do Estúdio TJRJ, produzido pelo Departamento de Comunicação Interna do Tribunal de Justiça do Rio.

Com a participação dos juízes da Infância e Juventude Sérgio Ribeiro e Vanessa Cavalieri, o programa teve como assunto central a violência nas escolas e sua relação com o uso indiscriminado das redes sociais por crianças e adolescentes.

 

Segundo os convidados, o aumento nos casos de violência e ataques a instituições de ensino advém de uma combinação de fatores. Dentre eles, destacam-se a grande disseminação do uso de smartphones e redes sociais entre os mais jovens, a perda de qualidade nos relacionamentos dentro das escolas e a migração de comunidades de incentivo ao ódio e à violência extrema, antes restritos ao ambiente da deep web, para as redes sociais.

A juíza Vanessa Cavalieri, entretanto, aponta outro fator comum para estes ataques: a invisibilização dos agressores, que muitas vezes já enfrentavam violações de direitos e questões de saúde mental desde a primeira infância. “O que nós notamos nesses casos é que esses jovens eram vítimas de uma série de violações na escola e no âmbito familiar, e nada era feito para impedir que essas violações se perpetuassem. O único momento em que esse adolescente é visto, é percebido como alguém que importa, é no momento em que ele comete atos de violência extrema”, afirmou.

De acordo com a juíza, foi justamente com esse objetivo que o TJRJ lançou o Protocolo Eu Te Vejo, com estratégias de prevenção à violência nas escolas. Além disso, Cavalieri defendeu a proibição do uso de celulares no ambiente escolar, sugestão já apresentada por ela no XXXII Fórum Nacional da Justiça Juvenil, como uma maneira de minimizar o problema.

Outro tema abordado no programa foram os projetos do TJRJ na área protetiva da Infância e Juventude, como o Doe um Futuro, que oferece cursos profissionalizantes a jovens em situação de vulnerabilidade, e o Apadrinhar – Amar e Agir para Materializar Sonhos, ambos vencedores do Prêmio Innovare. O juiz Sérgio Ribeiro destacou as três modalidades de apadrinhamento existentes: o provedor ou material, relativo a obrigações financeiras; o colaborador ou prestador de serviços, no qual o padrinho oferece gratuitamente serviços relacionados à sua área de atuação profissional; e o afetivo, voltado principalmente para o grupo das denominadas adoções necessárias (crianças acima dos oito anos ou com problemas graves de saúde, adolescentes e grupos de irmãos).

“Nós temos o apadrinhamento para todos os gostos e possibilidades. No apadrinhamento provedor, a pessoa vai ver a lista de necessidades de um abrigo e contribuir de acordo com as suas condições financeiras. Ela pode colaborar com um sabonete, pode fazer a adaptação de um banheiro, pode comprar o kimono que a criança precisa para fazer aulas de judô. Ela também pode prestar serviços, doar sua expertise. O apadrinhamento é diferente de adoção, mas ele pode gerar um vínculo de afeto tão forte que acarrete uma adoção”, declarou o magistrado.

Para conferir o episódio na íntegra, acesse os canais do TJRJ no YouTube ou no Spotify. Outra opção é acessar o podcast na página Vídeos Institucionais, no site do Tribunal.

 

Sobre o programa

Comandado pelos apresentadores Claudio Pitanga e Gabrielle Dias, o podcast Fórum Aberto é uma produção do Departamento de Comunicação Interna do TJRJ (DECOI), gerenciado pela Divisão de Mídia Audiovisual (DIMAU). A cada programa, magistrados e profissionais do Direito e de outras áreas do conhecimento são convidados para um bate-papo sobre questões de interesse da sociedade, sempre com o objetivo de estabelecer um diálogo aberto com a população, solucionando suas dúvidas mais comuns.

 

Departamento de Comunicação Interna