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A potência do ser no espelho de Heidegger (assédio e violência matam a autenticidade do ser)

Ser é existir
Existir nas possibilidades várias
Riqueza de caminhos que se esprai em vida e extase
Existir é sair, levitar pelas criações e derrubada de muros e de todo aquele exército que oprime e esmaga:

-Cordas, amarras, correntes , grades , mordacas, instrumentos que marcam, maos que calam, sufocam, torturam, aniquilam , deformam, esmagam , marcam , ferem, degolam,
Cetros de ódio que perfilam dor e rancor
Provocam desmaios de medos e rodopios de pesadelos: arquétipo que alimenta o medo, o encolher-se, a calada de bocas , a dança frenética e impiedosa do pavor silenciado,
sentimento tingido pelo abismo de um marrom cruel e frio que sepulta o Existir e seus sabores, inflexões e voos que inauguram as descobertas, alimentando vida e mais vida.

As silenciosas prisões paulatinamente devoram as carnes das vítimas, sugando os espíritos e desfazendo seres.

Mas a finitude das dores é também possível.
Os abismos e suas ameaças podem se esvaírem no nada.
Existência é potência criadora que a cada instante confirma o levantar dos mortos.

Tudo é possibilidade:
-Maquiada por uma existência infinita que insiste e anseia pelo desabrochar.

Existir e ser,
Amantes eternos que flutuam nos campos sinceros das flores regadas pelo amor dos inocentes.

E quando tudo que deseja calar, silenciar, ocultar , abortar os verdes caminhos dos renascimentos infinitos desmoronar sob as luzes milagrosas dos encontros
Uma existência triunfal do universo do ser se derramará em plenitude e exercício concreto dos infinitos seres:
- E o nascimento mágico das redescobertas iluminará fortemente aqueles seres outrora violados.

Juíz Sandro Lucio Barbosa Pitassi