- Museu da Justiça
- Aconteceu no Museu
- 2025
- Aconteceu no Museu: 26 a 30 de maio
Museu da Justiça abre exposição "O Vale da Escravidão" com lançamento de livro
O Museu da Justiça inaugurou, fruto de parceria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) com o Ministério Público Federal (MPF), a exposição “Vale da Esravidão” na noite desta quinta-feira (29). Junto dela, um livro de mesmo nome com artigos de pesquisadores sobre a escravidão em fazendas do Vale do Paraíba foi lançado em formato virtual. Estiveram presentes a juíza Paula Feteira, representando a presidência do TJRJ, Sérgio Suiama, procurador da República do MPF, a subprocuradora-geral da República Luiza Cristina Friescheisen e Siléa Macieira, diretora do Museu da Justiça.
A juíza Paula Feteira agradeceu em nome do trabalho em conjunto realizado, desde o processo de concepção da mostra até a montagem final, e lembrou também da importância de preservação da memória e de levá-la ao público. Magistrados, servidores, acadêmicos e interessados no tema lotaram o salão do Tribunal Pleno para a solenidade.
Também responsável por coorganizar o livro, o procurador Sérgio Suiama reforçou que o objetivo principal da publicação, em conjunto com a exposição, é dar protagonismo à luta de milhares de pessoas escravizadas. Segundo ele, o trabalho faz parte de um planejamento mais amplo e integrado de tornar acessíveis arquivos da Justiça do Rio de Janeiro.
“O nosso esforço é para resgatar esses arquivos com o intuito de trazer toda a história que eles trazem. São histórias de exploração, violência, mas também de resistência e de luta pela Justiça.”, afirmou Suiama.
Museu da Justiça recebe turma de Direito da Universidade Estácio de Sá
O Museu da Justiça recebeu, nesta segunda-feira (26), turma do curso de Direito da Universidade Estácio de Sá para uma visita mediada aos acervos conectados. Os alunos puderam conhecer as atividades de preservação, organização, guarda e disponibilização dos acervos históricos realizadas no Museu e entender como essas diversas instâncias funcionam em conjunto.
Documentos em formato textual, audiovisual e mesmo figurinos de peças teatrais puderam ser vistos pelos visitantes durante o passeio. Peças que, cada uma de um jeito, cada qual a seu jeito, preservam a memória do Poder Judiciário do Rio de Janeiro.
Clarice Lispector e o conto Amor, na primeira aula pública promovida pelo Museu da Justiça
O professor de língua portuguesa e literatura de dr. Darville Lizis esteve no Museu da Justiça nesta segunda-feira (26), para aula pública sobre “Amor”, conto de Clarice Lispector presente no livro “Laços de Família”. O conto, que será leitura cobrada no 1º Exame de Qualificação da UERJ, foi trabalhado pelo professor na intenção de aproximar a escrita de uma das mais célebres autoras do século XX dos vestibulandos.
Segundo Lizis, a literatura de Clarice é muito preocupada com o íntimo, o subjetivo, mas também repleta de significados e sentidos. Interpretar a obra da autora é, para o professor, mergulhar nas epifanias das personagens, tanto em contos quanto em romances.
A aula aconteceu de forma híbrida, com parte do público presente na sala multiuso do Museu da Justiça, e outra assistindo via Teams.
Casamento comunitário acontece no Museu da Justiça
O Museu da Justiça abrigou, em parceria com a Secretaria Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS), casamento comunitário no Tribunal do Jury nesta quarta-feira (28). Os 48 casais presentes puderam converter uniões estáveis em casamentos.
Museu é Arte & Educação entrevista Claudia Macedo
A atriz, diretora de palco e produtora cultural Claudia Macedo esteve no Museu da Justiça de Niterói nesta quinta-feira (28) como parte do programa Museu é Arte & Educação.
Durante a conversa com o arte-educador Whinverson Reis, Claudia pôde compartilhar sua experiência de carreira no teatro, na produção cultural e em como essas duas instâncias dialogam entre si. Ela foi diretora de palco do Theatro Municipal de Niterói por oito anos e também trabalhou em algumas produções audiovisuais para televisão.
Claudia Reis contou ter sempre tido a preocupação com a representatividade negra nos espaços em que trabalhou, e em poder ver negros nas platéias para as quais se apresenta. A partir da própria trajetória, a atriz relatou ter sido a única em muitos sets de gravação em que passou.
Henrique leite, no Museu Convida com Troca de Livros
O programa Troca Livros recebeu, nesta quinta-feira (28), o músico e autor Henrique Leite, que publicou sua primeira obra literária em setembro de 2024, “Terra sem volta”. Em conversa com Siléa Macieira, diretora do Museu da Justiça, Leite apresentou seu romance de estreia aos presentes e tocou algumas de suas canções ao violão.
Para ele, a palavra tem poder independente do meio. Em livros ou músicas, o importante para Henrique Leite foi se tornar voraz com ela através da escrita. Em “Terra sem volta”, é possível acompanhar a história de dois adolescentes que cresceram na favela, entram para o crime organizado e vivem intensa história de amor juntos.
Sempre guiado pela música, ele não escondeu a vocação múltipla ao falar da importância da literatura e teatro em sua vida. Henrique Leite contou ter começado a tocar violão aos 16 anos, na intenção de compor.
A Troca de Livros é uma atividade cultural interativa que incentiva a circulação de conhecimento e o acesso à leitura. O público pôde participar trazendo um livro em bom estado e levando outro de seu interesse, promovendo o compartilhamento de histórias e saberes. A iniciativa busca estimular o hábito da leitura e fortalecer o vínculo entre os participantes por meio da troca de experiências literárias.
Diálogos pela Liberdade | Educação e Arte - A Herança Criativa e Transformadora
O Museu da Justiça promoveu, na tarde desta sexta-feira (30), a roda de conversa “Educação e Arte - A Herança Criativa e Transformadora“, como parte do programa “Diálogos pela Liberdade”, pensado pela efeméride do Dia da Abolição da Escravidão. A pedagoga Evelyn Alves, a psicóloga do TJRJ Tatiana Moreira e a artista Tainah Longras compartilharam experiências e saberes para pensar cidadania e direitos a partir da relação entre educação e arte. A conversa foi mediada pela arte-educadora Izadora Alves.
As participantes, cada uma a partir da vivência própria, foram discutindo de que forma é possível pensar questões raciais dentro da contemporaneidade, e como a educação e a arte funcionam dentro dessa dinâmica.
Texto: Mauro Machado
Fotos: Diego Antunes / Mirella Lavatori / Rosane Naylor / Diego Bertuci