Vítimas de violência doméstica da capital têm atendimento especial durante toda a quarentena
Os sete juizados de Violência Doméstica e Familiar da capital passam, a partir desta quarta-feira (8/4) , a atender vítimas de violência doméstica em regime especial, nos dias úteis, das 11h às 18h. O anúncio foi feito pela juíza Katerine Jatahy Kitsos Nygaard, em exercício no VI Juizado, durante live transmitida na conta do TJRJ do Instagram.
A iniciativa vai se prolongar durante todo o período do Regime Diferenciado de Atendimento de Urgência (RDAU), que está em vigor no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro por determinação do presidente do TJRJ, desembargador Claudio de Mello Tavares.
- A medida vai agilizar o atendimento às vítimas, já que os casos serão julgados por magistrados dedicados ao tema - explicou a juíza.
Por iniciativa da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Coem), cada um dos sete juizados vai concentrar todos os novos casos da capital por dia, em regime de escala. No primeiro dia, será a vez do I Juizado; depois, o II Juizado; e assim por diante até o VII Juizado, que será sucedido pelo I Juizado, criando assim um rodízio de atendimentos.
Os casos mais comuns são os pedidos de medida protetiva de urgência contra o agressor e a prorrogação dos pedidos. Para que a demanda chegue ao Judiciário, a vítima precisa ir primeiro à delegacia ou à Defensoria Pública. Os telefones 190 (Polícia Militar), 180 (Disque Mulher) ou o Polo de Atendimento Remoto da Defensoria (PAR) da Defensoria Pública (97226-8267) são canais de atendimento às vítimas.
Observatório Judicial: ferramenta estratégica
A juíza Katerine Jatahy disse que o Observatório Judicial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher tem funcionado como uma ferramenta estratégica para monitorar casos e orientar vítimas para denunciar agressões.
- Além de trabalhar com estatísticas de violência, o Observatório reúne as informações da rede de enfrentamento à violência contra a mulher - afirmou.
FB/FS