Curso para gestores sobre comunicação não violenta é encerrado com apresentação de canal de acolhimento

                               Após quatro encontros, curso sobre comunicação violenta encerra atividades com grupo de gestores do TJRJ

O último dia do curso "Gestores(as) contra o Assédio e a Discriminação: práticas de Comunicação Não Violenta e Estratégias de Prevenção" foi realizado na tarde desta quinta-feira, 27 de novembro. A iniciativa é uma parceria entre a Escola de Mediação do Estado do Rio de Janeiro (Emedi), os Cogens (Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação – Cogen 1º Grau e Cogen 2º Grau), o Napjus (Núcleo de Atenção e Promoção à Justiça Social) e o Nupemec (Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos).

A presidente do Cogen 2º grau, desembargadora Patrícia Serra, participou do encerramento. Na opinião da magistrada, a comunicação não violenta propicia a escuta qualificada. “O curso é oferecido como um instrumento para que se possa realmente implementar uma cultura de enfrentamento à discriminação e ao assédio moral. O objetivo é estabelecer uma cultura mais dignificadora do servidor e estimular a prática de uma comunicação eficiente e de qualidade”, declarou.

Em seguida, a servidora Maria Araci Breckenfeld apresentou o Canal de Acolhimento dos Cogens, um espaço de acompanhamento e orientação a todas as pessoas afetadas por situações de assédio e discriminação no âmbito institucional. Os interessados em entrar em contato com a equipe podem ligar para 3133-2996, ir presencialmente à sala 1301, na Lâmina II ou acessar esse link. 

“Que a gente não tolere mais nenhum tipo de violência! Se vocês tiverem algum funcionário com alguma dúvida sobre o assunto, indique o nosso canal. Os relatos são sigilosos”.

As aulas para gestores foram realizadas nos dias 24 de outubro e 7, 14 e 27 de novembro. O curso foi ministrado pela psicóloga Naura Americano. Durante a última aula, Naura disse que aprender a se comunicar adequadamente é essencial para prevenção do assédio moral.

“Eu não posso dizer tudo o que eu penso. Tenho que trabalhar a minha intenção, a forma como eu me dirijo ao outro. E, principalmente, entender que nossos sentimentos são de nossa responsabilidade. A ação do outro influencia, claro, mas não pode ser vista como a causa do que eu sinto. A raiva que eu sinto só afeta a mim mesma”, explicou.

A analista de sistemas da Secretaria-Geral de Tecnologia da Informação (SGTEC), Anne Cristianne Calil, disse que o aprendizado será produtivo para o seu dia a dia de trabalho.
“Foi fantástico. O conteúdo foi abordado de forma leve, essencial para que saibamos os cuidados que devemos ter para não fazer e não receber assédio”, ressaltou.
 
MG/IA

Fotos: Rafael Oliveira/TJRJ