Dia do Servidor Público: TJRJ celebra compromisso e dedicação de quem faz a Justiça acontecer
Uma data dedicada a reconhecer a atuação de mulheres e homens que, com empenho e responsabilidade, contribuem diariamente para o funcionamento das instituições públicas, o Dia do Servidor Público é comemorado nesta terça-feira, 28 de outubro. No Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), a celebração é também um momento de valorização e agradecimento aos 11.100 servidores que, com profissionalismo e senso de justiça, garantem o atendimento à população fluminense e o bom desempenho da atividade jurisdicional.
Com formações, trajetórias e experiências diversas, os servidores do TJRJ desempenham funções essenciais, atuando em várias frentes: dos cartórios de varas às áreas administrativas, das equipes técnicas de apoio psicossocial aos setores de tecnologia, comunicação e gestão, formando um corpo de profissionais essencial ao bom funcionamento da Justiça fluminense. São eles que asseguram a continuidade dos serviços, o suporte aos magistrados e o acolhimento ao cidadão que busca a Justiça no dia a dia para resguardar seus direitos.
Por trás de cada decisão judicial, de cada atendimento, de cada processo que avança, há o trabalho atento e dedicado de servidores que conhecem de perto a importância de seu papel social, representando o elo entre a Justiça e o cidadão.
Esse comprometimento dos profissionais vem se refletindo no Índice de Produtividade por Servidor (IPS). De 2023 para 2024, por exemplo, o aumento do IPS foi de 22,4%, com a baixa de 259 processos por servidor da área judiciária, em média, por ano. Em 2023, o número foi de 211 processos por servidor.
Para o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Couto de Castro, a excelência do Judiciário do Rio é resultado direto do trabalho comprometido e da vocação dos servidores.
“Neste Dia do Servidor Público, quero expressar o meu mais profundo reconhecimento a todos os servidores que integram o Poder Judiciário fluminense. Vocês são a força vital que sustenta a Justiça em nosso estado. Com dedicação, competência e espírito público, cada um contribui diariamente para que o Tribunal cumpra a sua missão de garantir direitos, promover a cidadania e fortalecer o estado democrático de direito. Em nome da Presidência do Tribunal de Justiça, registro meu agradecimento e o meu respeito por todo o empenho e profissionalismo. Que esta data nos inspire a seguir avançando juntos, com união, ética e orgulho de servir à sociedade fluminense”, destacou o presidente do TJRJ.
Neste dia especial, o Judiciário fluminense reafirma seu compromisso com o reconhecimento e a valorização de seus servidores, que são o coração da instituição e protagonistas na construção de um Judiciário mais moderno, humano e acessível a todos.
Servidores dividem suas experiências no Judiciário fluminense
Com 25 anos de serviço público completados em 2025, a psicóloga Cláudia de Paula dedicou boa parte desse período a projetos de inclusão social. A comissária concursada da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso afirma ter muito orgulho de fazer parte de uma instituição com uma grande preocupação social.
“Eu acho que você ser funcionário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro é uma sensação de muito orgulho, não só por ter passado num concurso que a gente tem que se dedicar tanto para passar, mas, também, por conta de estar nessa instituição que, cada vez mais, eu vejo com uma visão progressista, no sentido de que ela trabalha com pessoas que estão muito à margem da sociedade por meio de seus projetos de inclusão social”, destacou.
Outra servidora com longa trajetória no Judiciário fluminense é Valéria Melo Pinto. Com 20 anos de Tribunal recém-completados, ela atuou em varas de órfãos e sucessões e na Vara de Execuções Penais antes de ingressar na 4ª Vara Cível, onde está há 10 anos. Para Valéria, ser servidora se tornou mais do que um objetivo individual. “Eu me sinto muito orgulhosa de ser servidora e levei isso para as minhas filhas. As duas acabaram de passar para o concurso do TJ de São Paulo, levadas por essa admiração que eu tenho. É muito gratificante”.
Já a servidora Lilian Furtado Parente está no TJRJ desde julho de 1998. Sua trajetória iniciou no interior, na comarca de Volta Redonda, mas já são oito anos como chefe de serventia no Cartório da 4ª Vara de Família da Capital. Para ela, a segurança e a estabilidade foram os principais motivos para escolher a carreira de servidora, mas a valorização e o bom ambiente de trabalho também são fundamentais.
“O Tribunal de Justiça sempre me atraiu, então, resolvi fazer o concurso. E, além da estabilidade, existe o reconhecimento de ser servidora, assim como as relações com os juízes, promotores e defensores. O ambiente do Tribunal é harmonioso e, dessa forma, trabalhando em conjunto, todo mundo sai ganhando.”
Andrea Beltrão Salgado também é chefe de serventia, mas com atuação no cartório da 26ª Vara Cível. Formada em Direito, seu objetivo sempre foi se tornar servidora pública para ajudar o próximo e, hoje, com 22 anos no Tribunal de Justiça, o sentimento é de orgulho. “Eu gosto de ser servidora e fazer com que as pessoas que nos procuram se sintam cidadãs, que elas tenham seus direitos respeitados. Poder ajudar as pessoas me faz bem, e é gratificante quando elas voltam para fazer um elogio ou agradecimento, e isso só acontece quando você está fazendo seu trabalho da melhor maneira possível”, concluiu.
De estagiários a futuros servidores
Os servidores comissionados Felipe Lopez e Ana Clara Machado, da Secretaria-Geral Judiciária (SGJUD) e da Secretaria-Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS), respectivamente, iniciaram suas carreiras profissionais no TJRJ e hoje ambos têm o objetivo de se tornarem concursados.
“A expectativa sempre é alta, mas sempre com um pé no chão para não gerar expectativas além da conta. Já fiz o concurso duas vezes, bati na trave. Vamos para o terceiro”, afirmou Felipe, que trabalha no Órgão Especial desde 2020 e iniciou sua trajetória no Tribunal como estagiário do setor de indexação do TJ, em agosto de 2012.
Ana Clara também tem o objetivo de se tornar concursada. Atuando na SGSUS desde 2021, ela conta que vem de uma família com diversos servidores públicos e que sempre viu “visões equivocadas” sobre o trabalho desses profissionais. “Minha família é majoritariamente de servidores públicos, então, é uma profissão pela qual sempre tive muito respeito, porque, desde pequena, eu acompanhava meus familiares no trabalho, e eu via que, muitas vezes, o público chegava com uma visão muito errada e com uma certa grosseria. Existem muitos estigmas em relação aos servidores públicos, no sentido de pensarem que ele ‘onera e não faz nada, atende e não faz nada’. E nunca foi isso que eu vi. Sempre, desde antes de eu trabalhar aqui, tive grandes referências profissionais na minha formação que são servidoras”, completou Ana.
SGCOS