Palestra reúne gestores para tratar de prevenção de assédio e saúde
O professor e pesquisador da UFF Bruno Chapadeiro Ribeiro; a juíza auxiliar da Presidência do TJRJ Carla Faria Bouzo; o presidente do COGEN 1º grau, desembargador Wagner Cinelli; a juíza coordenadora do Cejusc do Méier, Cláudia Márcia Vidal, e o juiz dirigente do 12º NUR, Eric Scapim Cunha Brandão
Um grupo de cento e sessenta gestores do 12º Núcleo Regional (Nur) e da Secretaria-Geral de Segurança Institucional (SGSEI) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) foi recebido nesta sexta-feira, dia 17 de outubro, no Auditório José Navega Cretton, no Fórum Central. O encontro teve como tema “Gestão Consciente: prevenção e enfrentamento dos assédios e das discriminações no trabalho” e foi promovido pelo Núcleo de Apoio e Promoção à Justiça Social (Napjus) em parceria com Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral, Sexual e da Discriminação (Cogens 1º e 2º Graus).
Ao lado da juíza auxiliar da Presidência do TJRJ Carla Faria Bouzo e do juiz dirigente do 12º Nur, Eric Scapim Cunha Brandão, o presidente do Cogen 1º Grau, desembargador Wagner Cinelli de Paula Freitas, abriu a palestra, explicando qual é o papel dos Comitês. “Os Cogens são lugares de acolhimento e escuta qualificada para todas as pessoas do Poder Judiciário que tenham sido vítimas de assédio, sejam o moral ou sexual, ou de discriminação. Juntos, buscamos caminhos internos para tratar o problema de maneira segura e sigilosa. Sintam-se, portanto, à vontade, para vir a nós sempre que precisarem”, disse.
A palestra foi ministrada pelo professor e psicólogo Bruno Chapadeiro Ribeiro, que tem pós-doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e é professor adjunto e pesquisador na Universidade Federal Fluminense (UFF). De acordo com o docente, situações de assédio causam muito mais danos do que se imagina.
“O constrangimento, a perseguição e o assédio não impactam somente a saúde mental da vítima, gerando uma sensação de insegurança, estresse e baixa autoestima, mas conseguem impactar o todo. Viver em contextos que adoecem a mente também gera danos na saúde física e na produtividade. É uma dor nas costas que não passa, uma dor de cabeça, fora os transtornos psicossociais que acometem cada vez mais pessoas”, alertou o professor.
Uma das formas de enfrentar, reduzir e prevenir os efeitos do assédio, segundo a juíza coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflito e Cidadania (Cejusc) do Méier, Cláudia Márcia Vidal, que mediou a palestra, é promover uma comunicação não-violenta (CNV), valorizando as emoções do outro por meio de uma escuta ativa. Ela encerrou a exposição apresentando um vídeo do trabalho desenvolvido pelo Cejusc do Méier, que regularmente promove oficinas e círculos de conversa.
KB/ SF
Foto: Felipe Cavalcante/TJRJ