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Como se preparar para o Programa Justiça Carbono Zero é tema de painéis e debates
Notícia publicada por Secretaria-Geral de Comunicação Social em 15/10/2025 17h31

Foto da mesa. Da esquerda para a direita: a especialista em descarbonização Cláudia Coutinho; secretário-Geral da SGSUS, Carlos Eduardo da Costa Menezes; e o especialista em descarbonização (SGSUS) Felipe Dutra

Da esquerda para a direita: a especialista em descarbonização Cláudia Coutinho; o secretário-Geral da SGSUS, Carlos Eduardo da Costa Menezes; e o especialista em descarbonização (SGSUS) Felipe Dutra

Como o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro está se preparando para a neutralidade de carbono em 2030? Os caminhos, as atividades desenvolvidas e as metas a cumprir foram debatidas em painéis apresentados na tarde desta quarta-feira, dia 15 de outubro, em um evento promovido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), por meio da Secretaria-Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS) e alinhado ao Programa Justiça Carbono Zero, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

No evento “Alternativas Sustentáveis: consumo consciente”, foram apresentadas iniciativas que podem despertar a consciência da preservação do planeta, cujo sinal vermelho já foi ligado há anos.

Para o secretário-geral da SGSUS, Carlos Eduardo Menezes da Costa, criar uma cultura que envolva todos os entes do Poder Judiciário é de suma importância para implantar a consciência verde de preservação da humanidade e da vida da terra. “O principal desse evento, como o nome já diz, é criar uma cultura de engajamento do corpo funcional do Tribunal de Justiça tanto dos servidores quanto dos magistrados da importância de nós adquirirmos bens sustentáveis de uma forma geral. E temos como foco hoje a mobilidade relacionada a veículos, bicicletas e estimular o transporte consciente e alternativo", disse.

A importância de um inventário para estabelecer metas

No primeiro painel, a especialista em descarbonização do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) Claudia Coutinho discorreu sobre a importância não só dos tribunais do país, mas de qualquer empresa ou instituição, de implantar o inventário da emissão de gases do efeito estufa (GEE).

Por meio de um documento chamado inventário de GEE é possível fazer um planejamento estratégico de como desenvolver ações e metas para diminuir a emissão de gases na atmosfera. “É um registro sistemático das fontes e quantidades de emissões de gases do efeito estufa associadas às atividades de uma organização, setor, município ou país. E, a partir dele, podemos planejar nossas ações e estabelecer metas para sua redução ou até mesmo zerar essas emissões”, destacou Claudia Coutinho.

Pequenos gestos que fazem a diferença

O servidor da Secretaria-Geral de Sustentabilidade do TJRJ especialista em descarbonização Felipe Dutra lembrou que, além de grandes metas a serem alcançadas pelo TJRJ, pequenos gestos também contribuem para a preservação do planeta e diminuição dos gases poluentes na atmosfera.

“Eu vejo muitas vezes as janelas aqui do prédio central do TJ abertas. O prédio é climatizado e essa prática desequilibra todo o sistema de climatização. E isso é o pior que uma pessoa pode fazer, que prejudica o prédio todo e desregula o consumo. Se o local está frio, basta ligar para o setor ou nos procurar, mas não deixem as janelas abertas” pediu Felipe Dutra.

O servidor da SGSUS também lembrou que outros gestos como apagar uma luz, fechar uma torneia e não desperdiçar material são atitudes importantes e são gestos individuais que fazem toda a diferença.

Resoluções do CNJ sobre o tema foram debatidas, como a de número 594/2024, que instituiu o Programa Justiça Carbono Zero, e a de número 400/202, que determina, em seu artigo 24, que os órgãos do Poder Judiciário implementem um plano para reduzir e compensar as emissões de gases do efeito estufa resultantes do seu funcionamento até 2030.

O secretário-geral da SGSUS anunciou que uma cartilha de boas práticas para todo o corpo funcional do Poder Judiciário está em produção. Carlos Eduardo Menezes também compartilhou que, superando as expectativas e a determinação do CNJ de se fazer o inventário de GEE em um prédio até fevereiro do ano que vem, o inventário do TJRJ será feito em todo o complexo do Fórum Central neste período.

PF/ SF

Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ