Associação de Magistrados do Rio de Janeiro nomeia sala em homenagem ao desembargador Roberto Luís Felinto de Oliveira
Da esquerda para a direita: os desembargadores Antonio Siqueira, Claúdio dell'Orto e Fernando Cabral; Roberto e Márcia Imbuzeiro de Oliveira; a presidente da Amaerj, Eunice Haddad; e o presidente do TJRJ, Ricardo Couto de Castro
A Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) homenageou nesta quarta-feira, 17 de setembro, o desembargador Roberto Luís Felinto de Oliveira, presidente da entidade no biênio 2008-2009, que faleceu, em agosto deste ano, aos 84 anos. A sala de reuniões ao lado do gabinete da presidência na sede administrativa da Associação, localizada no Edifício Desembargador Caetano Pinto de Miranda Montenegro, passou a se chamar “Sala de Reunião Desembargador Roberto Luís Felinto de Oliveira”.
Ao recordar o colega, a atual presidente da Amaerj, a juíza Eunice Bitencourt Haddad, destacou o simbolismo do espaço escolhido: “Era onde ele ficava. A gente passava ali e via ele sentado”.
A presidente também ressaltou como o desembargador ensinava a todos com quem convivia: “É um momento de alegria para revivermos a memória do nosso colega.
Também é um momento de tristeza, mas não podemos deixar isso tomar conta do nosso coração. Temos que aproveitar o legado dele. Roberto Felinto era uma das pessoas mais agregadoras que eu já conheci. Muito dedicado à sua família, a qual conseguia conciliar muito bem com a vida profissional”.
Nascido em 1940, no bairro do Andaraí e criado em Pilares, o desembargador construiu uma trajetória marcada pela dedicação à Justiça e ao movimento associativo da magistratura. Formado em Direito pela antiga Universidade do Estado da Guanabara (UEG), atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), ele ingressou na Magistratura em 1988. Também também foi um dos protagonistas na criação da própria Amaerj, a partir da fusão da Associação dos Magistrados Fluminenses (AMF), sediada em Niterói, com a Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (AMARJ), da antiga capital do Brasil.
A lembrança afetiva também foi partilhada por sua esposa, Márcia Imbuzeiro de Oliveira, e seu filho, Roberto Imbuzeiro de Oliveira, presentes na homenagem. “O Roberto amava a Justiça, esta casa e a profissão de magistrado. E eu tenho um orgulho imenso de dizer que ele amou da maneira mais plena, completa e correta possível, respeitando e honrando essas três coisas. Ele fez isso tudo com muita alegria e com muito amor, e acho que isso ficou nas pessoas e aqui na casa”, declarou Márcia.
A esposa do desembargador, Márcia (segurando o microfone) relembra da dedicação de Roberto à magistratura
Em 2003, o magistrado também deixou seu nome na história da Justiça Eleitoral ao fundar a Escola Judiciária Eleitoral do Rio de Janeiro (EJE-RJ), que hoje também leva o seu nome. Após sua aposentadoria, seguiu atuante no associativismo, dirigindo o Departamento de Aposentados da Amaerj e coordenando a pasta na Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) entre 2019 e 2022.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador Ricardo Couto de Castro, falou do simbolismo da homenagem: “É um momento que nós sentimos uma tristeza pela falta do Felinto, mas temos a alegria do que simboliza essa homenagem ao amigo Roberto Felinto. Não digo magistrado porque a convivência associativa é a convivência de amigos. E isso o Roberto sabia fazer como ninguém. Então essa sala inaugura essa ideia, a ideia de sedimentar os vínculos de ajuda, vínculos de mutualismo, vínculos de querer estar juntos, vínculos de querer trocar ideias e vínculos de amor”.
VM/IA
Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ