Autofit Section
Histórias de amor e novos começos marcam casamento comunitário na Catedral Metropolitana do Rio
Notícia publicada por Secretaria-Geral de Comunicação Social em 25/08/2025 14:23

                                                       Adilson e Alice realizam sonho de oficiliazar união após mais de 35 anos juntos 

Casar é um direito de todos que desejam oficializar sua união. No entanto, muitas vezes, as dificuldades financeiras acabam impedindo a realização desse sonho. Pensando nisso, na manhã de sábado, 23 de agosto, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) promoveu um casamento comunitário na Catedral Metropolitana, no Centro, reunindo 187 casais em uma celebração especial.

A juíza auxiliar da Presidência e titular da 25ª Vara Cível, Paula Feteira Soares, destacou a importância da iniciativa como forma de consolidar histórias de amor. “Para mim é muito emocionante, porque não é a minha atuação cotidiana celebrar casamentos, mas ter essa oportunidade de conhecer e participar da história desses casais é algo muito especial. Acho que todos os juízes que estão aqui, voluntariamente, num sábado, realizando esse ato, o fazem por vontade de fazer a diferença e ter esse significado na vida dessas pessoas”, afirmou.

Imagem da juíza auxiliar da presidência, Paula Feteira Soares, celebrando casamento em ação na Catedral Metropolitana do Rio  

                             Juíza auxiliar da Presidência Paula Feteira Soares celebra casamento em ação na Catedral Metropolitana do Rio  

A manhã ensolarada de sábado na Catedral Metropolitana também recebeu várias histórias, cada uma com suas idas e vindas. Entre elas, está a de Milena e Luiz Eduardo, que comemoraram cinco anos juntos na última semana. Eles se conheceram em um encontro aleatório da vida. “Eu fazia faculdade em Niterói, e ele trabalhava no Rio. Nesse meio tempo, um passando pelo outro, ele mexeu comigo. Ficamos entre conversas rápidas, sempre nos esbarrando pelo caminho, até que a amizade cresceu, e, hoje, estamos aqui com o fruto do nosso amor”, conta Milena, referindo-se à pequena Maria Eduarda, de apenas sete meses. Curiosamente, foi por causa dela que o casal descobriu o casamento comunitário. No dia do batizado da menina, realizado há pouco mais de um mês na mesma Catedral, o padre anunciou o evento.  “Na semana seguinte já demos início ao processo e, hoje, estamos aqui”, lembrou Luiz Eduardo.

Milena, com a pequena Maria Eduarda no colo, e Luiz Eduardo

                                                      Milena e Luiz Eduardo comemoram casamento com a filha, a pequena Maria Eduarda 

Conhecidos desde a infância e juntos há mais de 35 anos, Adilson e Alice têm um casal de filhos adultos, de 33 e 24 anos. “Eu amo muito ela e estaremos juntos até o final”, declarou ele com bom humor. “Para a gente, estar esse tempo todo junto é porque é amor”, respondeu Alice também rindo. 

Esta não foi a primeira vez em que a Catedral Metropolitana recebeu um casamento comunitário. No ano passado, outros 160 casais oficializaram suas uniões e pelo menos um deles retornou neste sábado, no entanto, desta vez como testemunha. Cristiana, que completou um ano de casada com Zadislaw esta semana, contou que incentivou a prima Clarissa a participar da iniciativa. 

“Ela e Danilo já moravam juntos, e eu sugeri que se casassem no mesmo lugar em que eu e meu marido nos casamos. Eles aceitaram na hora”, contou. Zadislaw também afirmou que um dos principais ensinamentos que este ano proporcionou a eles foi a importância de ter a união oficializada. “Traz uma paz para dentro de você, também traz uma certa estabilidade, até para criar uma família, para ter filhos. Você sabe que está tudo preparado para eles, está tudo juridicamente assegurado”, destacou.

Clarissa e Danilo, por sua vez, se mostraram nervosos, mas felizes com a data. “A gente se conheceu pouco antes do Natal e, no Ano Novo, ele me pediu em namoro, bem na hora dos fogos”, relembrou Clarissa. “Eu estou nervosa, mas fico muito feliz, porque é uma coisa que, mesmo com a gente sendo novo, eu esperei muito tempo para acontecer. Foram muitos dias em que eu pedi por isso, então, fico muito feliz pelo dia de hoje”, finalizou. Outro motivo para oficializar a união é que eles descobriram há poucos meses que Clarissa está grávida. “No começo, foi um susto, mas também é muita alegria. E ter alguém que já passou por isso, como a Clarissa e o  Zadislaw, dá uma certa tranquilidade e até mesmo confiança”, comenta Danilo.


           Zadislaw e Cristiana (ao lado direito) incentivaram Danilo e Clarissa (ao lado esquerdo da foto) a participarem da iniciativa 

Entre tantas histórias, também estava a de Estrella e Fábio Júnior que, como é tão comum hoje em dia, se conheceram por um aplicativo de relacionamento. Para Estrella, o lugar da cerimônia é especial, pois um ente muito querido dela está sepultado em uma cripta da Catedral. “Ele partiu no ano em que eu faria 15 anos, então, eu nem cheguei a fazer a minha festa, porque não seria o mesmo sem ele lá. Aí, a minha avó ouviu na Rádio Catedral o anúncio do casamento, conectamos uma coisa com a outra, e eu fiquei pensando que essa seria a minha chance de o meu tio estar me dando essa benção de me levar ao altar. ” 

“É uma mistura de felicidade com ansiedade. As emoções estão todas à flor da pele. Então, a gente está sentindo tudo o que tem que sentir ao extremo”, declara Fábio. “Nosso maior sonho e dedicação, hoje em dia, é de um com o outro”, completou.

                                                                        Casal Fábio Júnior e Estrella posam felizes em casamento comunitário 

Entre encontros casuais, relações de décadas, descobertas recentes e sonhos compartilhados, o casamento comunitário demonstra que cada história tem sua singularidade, mas todas se unem no mesmo propósito de oficializar o amor.
 
VM/IA

Fotos: Rafael Oliveira/TJRJ