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Desembargadora Maria Augusta Vaz Monteiro é homenageada no Órgão Especial
Notícia publicada por Secretaria-Geral de Comunicação Social em 14/07/2025 17:06

“Espero ter exercido dignamente a tarefa que me foi atribuída. Procurei sempre dar o melhor esforço e chego a esse momento tranquila e com sentimento de missão cumprida. Fui feliz em todas as etapas desta jornada, quer no exercício da jurisdição, quer na atividade administrativa, tanto na Corregedoria Geral da Justiça, quanto na 3ª vice-presidência do Tribunal”, declarou, emocionada, a desembargadora Maria Augusta Vaz Monteiro de Figueiredo, que, 43 anos após tomar posse como juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, irá se aposentar como magistrada do Poder Judiciário fluminense.

A declaração com a voz embargada ocorreu, nesta segunda-feira (14/7), na abertura da sessão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, quando a desembargadora foi homenageada, recebendo a Medalha de Honra da Magistratura Fluminense, entregues pelas desembargadoras Suely Magalhães e Cristina Gaulia.


Diferentes momentos da sessão do Órgão Especial com homenagens à desembargadora Maria Augusta Vaz Monteiro

O presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Couto de Castro, agradeceu a contribuição da desembargadora Maria Augusta durante seus 43 anos de trajetória, e anunciou que ela continuará colaborando com o Tribunal, integrando a equipe do Núcleo de Conhecimento do Tribunal.

“Não é um momento de despedida, na medida em que sabemos que Vossa Excelência continuará conosco aqui, com uma atividade rica, envolvendo o conhecimento. Então, passará para uma nova etapa trazendo para todos nós esse conhecimento que foi construído com o passar dos anos aqui no Tribunal. Muito obrigado por seu estilo, por seu conhecimento, por seus julgados, por tudo que Vossa Excelência representa de adequado em magistrado: moral, ética, postura, sensibilidade e ternura. Muito obrigado, desembargadora Maria Augusta”, afirmou.

Em nome do Tribunal, o desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, presidente do TJRJ no biênio 2021-2022, enalteceu a trajetória vitoriosa da homenageada e sua contribuição para o Tribunal:

“Ser juiz e, mais do que isso, ser juíza não é tarefa fácil. Exige conhecimento jurídico de alto nível, aperfeiçoamento constante, cultura geral, inteligência e mente aberta para ouvir e analisar eventos e opiniões sem qualquer espécie de preconceito, dedicação e paciência no exame de casos simples ou complexos, exercício de autoridade sem autoritarismo. A nossa homenageada, sem qualquer dúvida, reúne tais predicados com alto grau de excelência. Honra com todos louros sua vida, sua família, seus amigos e a nossa casa. Muito obrigado, desembargadora Maria Augusta.”

Parentes e colegas prestigiaram a magistrada durante sessão no Órgão Especial

Perfil da desembargadora Maria Augusta Vaz Monteiro de Figueiredo

Aprovada, em 1976, no primeiro concurso do novo Estado do Rio de Janeiro para o Ministério Público, tomou posse em 1977 na Comarca de Bom Jesus de Itabapoana e, posteriormente, foi para as comarcas de Paraíba do Sul e Niterói.

Em 1982, tomou posse na magistratura no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Atuou na 7ª Vara Criminal de Nova Iguaçu e nas 1ª, 3ª e 9ª Varas de Fazenda Pública, até assumir a titularidade da Vara Cível de Jacarepaguá.

Atuou como juíza auxiliar da 3ª Vice-Presidência do TJRJ, nas gestões da desembargadora Maria Stella Villela (biênio 1989-1990); desembargador Luiz Fernando Whitaker (1990-1991); e Áurea Pimentel Pereira (1993-1994). Atuou, ainda, como juíza titular na 36ª Vara Criminal da Capital e na 9ª Vara de Fazenda Pública.

Foi promovida a desembargadora em 1998, atuando nas 7ª e 4ª Câmaras Cíveis e, posteriormente, na 1ª Câmara Cível, onde permaneceu por mais de 10 anos, assumindo a Presidência da Câmara.

Foi corregedora-geral da Justiça no biênio 2015-2016 e 3ª vice-presidente do TJRJ no biênio 2017-2018.

Em 2019, assumiu a Presidência da 4ª Câmara Cível, atual 16ª Câmara de Direito Privado, permanecendo mais de seis anos, até agora, quando encerra sua trajetória profissional, completando 43 anos de serviços prestados ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

JM/FS

Fotos: Brunno Dantas/TJRJ