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Justiça ouve testemunhas de acusação em audiência do caso "brigadeirão"
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 30/06/2025 16:57

Em continuação à audiência de instrução e julgamento, o juízo da 4ª Vara Criminal da Capital ouviu, nesta segunda-feira, dia 30 de junho, novas testemunhas no caso “brigadeirão”, como ficou conhecido o assassinato do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond, morto depois de comer o doce achocolatado envenenado. O crime aconteceu em maio do ano passado.
 
As rés Júlia Andrade Cathermol Pimenta e Suyany Breschak, acusadas de homicídio triplamente qualificado, comparecerem à audiência, presidida pelo juiz Guilherme Schilling, mas tiveram de deixar o plenário durante os depoimentos do ex-namorado de Júlia, o advogado Jean Cavalcante de Azevedo, e da médica Luciana Graça Vieira da Rocha, uma amiga do empresário. As duas testemunhas pediram para que as acusadas não estivessem presentes ao interrogatório.
 
Mãe e padrasto de Júlia se negaram a prestar depoimento
 
Carla Andrade, mãe de Júlia e o padrasto, Mariano Bastos, usaram seu direito constitucional de ficar em silêncio e não prestaram depoimento em juízo.
 
A primeira testemunha de acusação, a médica Luciana Graça Vieira Rocha, falou sobre a relação da ex-namorada de Luiz Marcelo Ormond com ele, marcada por algumas desconfianças por parte de parentes e amigos. Ela pediu que Júlia e Suyany se retirassem do plenário e afirmou que se sentia ameaçada com a presença das duas, o que foi prontamente aceito pelo juízo.
 
Depois foi a vez de Jean Cavalcante Azevedo, que namorou Júlia durante dois anos e quatro meses e disse não saber que ela tinha envolvimento com o empresário morto e que o término do relacionamento foi feito por telefone, provavelmente, segundo ele, no dia da morte de Marcelo Ormond. Ele também contou que a sua ex-namorada chegou a pedir ajuda, uma vez que ele é advogado, após o caso ter grande repercussão e que ele teria negado qualquer tipo de ajuda.
 
Marcos Antônio de Souza Moura, amigo de infância da vítima; e o perito da Polícia Civil, Cláudio Amorim Simões, foram as últimas testemunhas ouvidas. O Ministério Público desistiu da inquirição das demais testemunhas. Uma nova data para continuação da audiência ainda não foi agendada.  
 
Relembre o caso
 
O empresário Marcelo Ormond foi morto por envenenamento em maio de 2024 e seu corpo encontrado no apartamento onde morava, dias depois da morte, de acordo com laudo pericial. A principal linha de investigação, de acordo com o processo, é envenenamento, depois de o empresário ter comido um “brigadeirão” envenenado entregue pela ex-namorada.
 
PF/IA/FS