Contação de história no CCPJ apresenta filósofo Frantz Fanon para crianças
O mediador W. B. Lemos, o juiz André Nicolitt, a contadora de histórias Talita Leoneli e o músico Marcelo Sant’Anna contaram, de forma lúdica, a história filósofo político Frantz Fanon para alunos Ginásio Educacional Tecnológico Darcy Vargas
Vinte e cinco crianças do Ginásio Educacional Tecnológico Darcy Vargas foram recebidas na Sala Multiuso do Edifício Desembargador Caetano Pinto de Miranda Montenegro para uma contação de história nesta quinta-feira, dia 26 de junho. O encontro faz parte do programa “Do Direito à Literatura", do Centro Cultural do Poder Judiciário (CCPJ), e apresentou a vida do filósofo político Frantz Fanon, baseado no livro infantil “Frantz Fanon”, da coleção “Filosofinhos”, da editora Tomo. O juiz André Nicolitt, autor da obra; a contadora de histórias Talita Leoneli, o músico Marcelo Sant’Anna e o mediador W. B. Lemos participaram da sessão.
O juiz André Nicolitt compartilhou com os presentes o que motivou a criação do livro. “A coisa mais difícil que há na vida é educar os filhos. E quando a minha filha tinha sete anos comprei para ela uma coleção de livros próprios para crianças de grandes pensadores, mas não tinha um pensador negro entre eles. Isso me motivou a escrever um livro sobre Frantz Fanon para promover a representatividade, considerando a importância da diversidade racial em todos os campos”, disse.
Para a professora Ana Lúcia Inocêncio da Silva, discutir a questão racial é relevante na formação dos alunos. “O racismo está presente nas relações e sabemos que as primeiras pessoas que falam desse assunto são as famílias. Nós, enquanto educadores, temos que reforçar isso no dia a dia para fortalecer esses pequenos na luta contra o racismo e incentivá-los a alcançar seus objetivos na vida através de bons exemplos, como o que foi apresentado no livro de Frantz Fanon”, comentou.
A aluna Gabrieli da Silva foi uma das crianças tocadas pela ação. Para ela, as palavras do magistrado a impulsionaram no sonho de lecionar. “A parte que eu mais gostei foi quando o juiz falou sobre a importância das pessoas negras porque achei muito inspirador. Eu senti que deveria contar a todos que quero ser professora para dar mais oportunidade aos meus alunos também”.
No final do encontro, livros da coleção “Filosofinhos” foram sorteados entre os pequenos e um exemplar foi doado para a biblioteca da escola.
KB/FS
Fotos de Brunno Dantas