Autofit Section
Justiça Itinerante realiza casamento de idosos após 35 anos de união
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 18/06/2025 23:05

A juíza Anna Carolinne Licasalio da Costa, da 1ª Vara de Família de Barra Mansa, entre os noivos Maria das Graças e José Carlos de Brito, após a audiência da conversão da união estável em casamento no interior do ônibus do Justiça Itinerante, em Quatis 

Depois de 35 anos morando juntos na mesma casa, Maria das Graças Fernandes da Silva e José Carlos de Brito, ambos com 75 anos de idade, conseguiram legalizar a convivência e converter a união estável em casamento, através do Programa Justiça Itinerante do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) no Município de Quatis, no Vale do Paraíba fluminense. Na última sexta-feira, Dia de Santo Antônio (13/6), conhecido como “santo casamenteiro”, eles foram contemplados pela iniciativa sem custos e necessidade de ir até um cartório para formalizar o matrimônio.

“A ideia de casar é antiga, mas a correria do dia a dia fez eles adiarem a data várias vezes. Quando souberam do projeto Justiça Itinerante, aproveitaram a oportunidade e se inscreveram. Graças a Deus deu tudo certo. Marcaram a data, levaram a documentação necessária e assinaram a certidão”, disse Alessandra Dionísio da Silva, filha de Maria das Graças de um relacionamento anterior.

Os dois se conheceram num baile. José Carlos trabalhava no setor de serviços gerais da Prefeitura de Quatis e estava divorciado. Maria das Graças era empregada doméstica e viúva. Ao longo dessas mais de três décadas de união, tiveram dois filhos.

A juíza Anna Caroline Licasalio da Costa, da 1ª Vara de Família de Barra Mansa, e responsável pelo Justiça Itinerante Sul fluminense em Quatis, considera o programa essencial para facilitar o acesso à Justiça sem necessidade de mudança na estrutura. O programa surgiu como um novo paradigma de realização da prestação jurisdicional no qual os juízes, juntamente com membros do Ministério Público e Defensoria Pública, vão ao encontro de cidadãos – na maioria, os que possuem maior dificuldade de acesso aos serviços públicos.

“Eu já trabalho com ações sociais há quase 12 anos. Não é comum aparecerem casos como esse, mas aparecem casais mais idosos em busca de regularização. É emocionante realizar uma audiência de conversão de união estável para casamento porque atualmente os relacionamentos são muito efêmeros. Ver um casal junto há mais de 30 anos já é impressionante por si só. E quando eles nos procuram para realizar o sonho do casamento e formalizar essa união é espetacular”, destacou a magistrada.

“Não tenho palavras para descrever a emoção. Gostaria de agradecer ao Tribunal pela oportunidade com a realização deste evento”, contou a filha.

SV/FS

Foto: Divulgação