Emedi sedia aula inaugural do curso “Gestão Consciente em práticas de Comunicação Não Violenta”
As desembargadora Patrícia Ribeiro Serra Vieira (E) e Denise Nicoll Simões (D) compuseram a mesa da aula inaugural com o desembargador Cesar Cury
A Escola de Mediação do Tribunal de Justiça do Rio abriu suas portas na terça-feira, dia 3 de junho, para aula inaugural do curso “Gestão Consciente: práticas de comunicação não violenta e estratégias de prevenção ao assédio”, realizada por meio dos Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral, Sexual e da Discriminação (Cogens). A capacitação, voltada a gestores do Judiciário fluminense, foi conduzida pela psicóloga Naura dos Santos Americano, mediadora do Centro Judicial de Soluções de Conflitos e Cidadania (Cejusc).
O desembargador Cesar Cury, coordenador do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC), abriu a mesa do curso, ao lado das desembargadoras Patrícia Serra, presidente do Cogen 2º Grau, e Denise Nicoll Simões, lembrando que as práticas de comunicação não violenta versam sobre a natureza das relações e, por isso, envolvem técnicas de mediação, diálogo, construção de consenso, gestão compartilhada e colaborativa do trabalho.
“Esses métodos convergem para a criação de um ambiente de trabalho colaborativo, em que cada um reconheça seu papel individual, mas também veja no colega um colaborador necessário no ambiente corporativo. Essa comunicação melhor vai se refletir na qualidade do nosso atendimento ao público”, afirmou o desembargador Cesar Cury.
A desembargadora Patrícia Serra, também representando o desembargador Wagner Cinelli, presidente do Cogen de 1º Grau, abordou, em sua fala, a importância do Canal de Acolhimento voltado para os servidores do tribunal.
“Fiquei muito sensibilizada com a realização do curso porque é mais um meio de acolhimento dos nossos servidores. Agora, temos esse canal de escuta sigiloso, que é o Canal de Acolhimento, que será muito importante, assim como esse curso de Capacitação Não Violenta, que é estratégico”, enfatizou a desembargadora.
Rachel Seba Wernek, chefe do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Rio das Ostras, contou que sua vinda ao Rio para a capacitação é essencial ao trabalho desenvolvido pelas unidades judiciárias de primeira instância - responsáveis pela gestão das sessões de conciliação e mediação pré-processuais e judiciais.
“A técnica é essencial no nosso trabalho, que por meio mediação e conciliação possibilita um diálogo saudável e assim contribui para se chegar à conclusão de conflitos. Conflitos que surgem na nossa sociedade e chegam ao Judiciário”, destacou.
Para Tatiana Brandão, analista do TJRJ e guia da Trilha da Memória promovida pelo tribunal, o curso representa oportunidade para pensar em uma gestão corporativa mais empática, mas também contribui para o autoconhecimento.
“Além disso, a capacitação é de suma importância para falar e pensar em estratégias de prevenção ao assédio”, disse.
Antes da formação em círculo para início da capacitação, a psicóloga Naura Americano contou que trabalhou no Judiciário fluminense por mais de duas décadas como psicóloga, quando então conheceu o desembargador Wagner Cinelli, presidente do Cogen 1º Grau.
“Há 26 anos atrás seria inimaginável a gente estar aqui nessa sala conversando a respeito de assédio, falando de comunicação não violenta e fazendo isso na Escola de Mediação”, afirmou, antes de iniciar a dinâmica que levou os gestores participantes a interagir com os outros, de forma a refletir sobre as suas condutas.
“O objetivo dessa dinâmica é trazer consciência às relações e perceber como a atitude de cada um pode afetar o colega de trabalho. A meta é conseguir excluir micro violências, que cometemos sem sequer perceber, na nossa comunicação cotidiana”, explicou Naura antes de dar início ao trabalho em grupo.
MF/FS
Foto: Felipe Cavalcanti