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Palestras celebram o Dia Mundial de Doação de Leite Humano no TJRJ
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 19/05/2025 19:53

 

Na mesa de abertura, da esquerda para direita: Conceição Salomão, Coordenadora das Salas de Apoio à Amamentação do Estado do Rio de Janeiro; Helene Armada, superintendente de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde; Paula Feteita, juíza auxiliar da Presidência do TJRJ; Eric Scapim, juiz do TJRJ; e Danielle Silva, representante da Rede de Banco de Leite do Istituto Fernandes Figueira

Na data em que se comemora o Dia Mundial de Doação de Leite Humano (19/05), a Secretaria Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS) do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) promoveu um painel de palestras para dar atenção e fomentar discussões sobre tema, além de promover a doação do leite humano. 

Com esses objetivos, representantes do TJRJ, de outras instituições do Poder Público e também da sociedade civil, estiveram reunidos nesta segunda-feira (19/5), no Auditório Desembargador Nelson Ribeiro Alves. Na mesa de abertura, a juíza auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça Paula Feteira Soares falou sobre a importância do evento ao dar visibilidade à prática de doação de leite humano e destacou a estrutura do Tribunal, que vai além de apenas um espaço físico. 

“Nós temos uma estrutura dentro do Tribunal de Justiça. Existe um projeto de amamentação sustentável que visa estimular exatamente não só a doação, mas a retirada do leite pela mulher quando do retorno da licença maternidade. Então, é um lugar saudável, higiênico, adequado, seguro, para que a mulher tenha a possibilidade de retirar esse leite não só para o uso de sua criança, mas também com a finalidade da doação”, afirmou. 

Também representando o Tribunal de Justiça, o juiz dirigente do 12° Núcleo Regional do Méier, Eric Scapim, falou sobre a garantia dos Direitos Humanos para aqueles que dependem da doação de leite, e manifestou o desejo de inaugurar uma sala de amamentação no Fórum do Méier.

Definindo o leite humano como um “produto de ouro”, a coordenadora das Salas de Apoio à Amamentação do Estado do Rio de Janeiro, Dra. Conceição Salomão, também fez parte da mesa inicial e abordou as dificuldades enfrentadas pelas mães ao retornar para o trabalho durante o período de amamentação, além de valorizar a existência de espaços como o disponibilizado pelo TJ. 

“É de suma importância que todos nós tenhamos conhecimento de que a mulher não tem o dever de amamentar, ela tem o direito de amamentar”, frisou. Ao lado dela, a Superintendente de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde, Dra. Halene Armada, enfatizou a atuação dos profissionais que atuam na área e os impactos da doação de leite humano no enfrentamento da mortalidade infantil. A mesa ainda contou com a participação da representante da Rede de Banco de Leite do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Dra.Danielle Silva. 

Após o encerramento da mesa de abertura, o público assistiu ao vídeo de apresentação da Sala de Apoio à Amamentação do TJRJ e ao último episódio da série “Quem Sente na Pele”, apresentado pela Diretora do Núcleo de Atenção e Promoção à Justiça Social dos Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento (COGENs 1° e 2° Grau), Inara Firmino. Com o tema “Amamentação no local de trabalho”, o episódio traz relatos de servidoras e colaboradoras do TJ sobre suas experiências antes e depois da criação da Sala, destacando a importância do espaço. 

Esclarecimentos 

A Professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e membro da rede IBFAN-Brasil (International Breastfeeding Action Network), Dra. Patricia Lima, apresentou sua palestra com o tema central “Aleitamento como direito humano: um compromisso coletivo”. Enfermeira e Doutora do Programa de Pós-Graduação em Bioética, que acontece por meio de uma associação entre instituições de ensino e pesquisa, a Dra. Patricia abordou o tema a partir da perspectiva de sua formação e classificou o aleitamento materno como uma prática que mistura natureza e cultura. Para ela, é necessário analisar esse ato sobre as realidades enfrentadas por cada mulher e pelos fatores provocados pela sociedade. “O aleitamento materno é biológico sim, mas ele é atravessado pela cultura. E por ser atravessado pela cultura, o aleitamento materno enfrenta diferentes situações, enfrenta determinantes biológicos, culturais e de mercado”, destacou. 

Na sequência, a representante da Rede de Banco de Leite do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Dra. Danielle Silva, retornou para falar aos ouvintes sobre a importância do leite materno no desenvolvimento saudável dos bebês. Em suas palavras, o leite humano é um “produto funcional e nutricional, que atua na modulação do crescimento e desenvolvimento da criança”. Ela também abordou a capacidade de transformação do leite humano, que se adapta de acordo com a necessidade do bebê e altera suas características físicas e químicas. A Dra. Danielle destacou, ainda, a atuação da Rede de Banco de Leite do Estado do Rio de Janeiro, que conta com 14 postos de coleta de leite humano e atendeu mais de 3 milhões de mulheres em 2024. 

Homenagem

                                          As doadoras Andrea Andrade Fernandez Santos (E)  e Mariana Benício foram homenageadas com flores

Após as palestras, a tutora da Secretaria de Estado de Saúde na estratégia “Mulher Trabalhadora que Amamenta”, Abilene Gouvêa, convidou as colaboradoras e doadoras Andreia Andrade Fernandes Santos e Mariana Benício ao palco para receberem flores como forma de homenagem por suas contribuições na doação de leite humano. 

*PB/FS
*Estagiário sob supervisão de FS