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Parentes de Luiz Gama prestigiam apresentação de peça do CCPJ-RJ
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 15/05/2025 15:56

A imagem mostra seis pessoas no palco da Sala Multiuso (quatro mulheres e dois homens)

Da esquerda para a direita: Roselene França, tataraneta de Luiz Gama; a juíza Daniela Bandeira de Freitas, membro do Conselho Gestor do Centro Cultural; Ana Paula Teixeira Delgado, diretora do CCPJ; o ator Deo Garcez; a atriz Soraia Arnoni; e o advogado Humberto Adami, presidente da Comissão da Verdade e da Escravidão da OAB/RJ

 

Na penúltima semana de apresentação do espetáculo “Luiz Gama – Uma voz pela liberdade”, na Sala Multiuso, convidados ilustres fizeram questão de prestigiar a montagem. Na quarta-feira (14 de maio), Roselene França, tatareneta do patrono do abolicionismo no Brasil, acompanhada pelos filhos Carlos Augusto e Mariana, da neta Luísa e da nora, Rita, foram conferir a encenação promovida pelo Centro Cultural do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (CCPJ-RJ), com direção de Ricardo Torres e com os atores Deo Garcez e Soraia Arnoni.

Aos 80 anos, a tatareneta de Luiz Gama, Roselene França, sempre que tem oportunidade, não perde uma exibição da peça. Ela não poupou elogios ao espetáculo, enfatizando sua importância para manutenção da memória de Luiz Gama: “É um espetáculo impressionante, que mostra um pouco sobre a importância do legado de Luiz Gama. Sempre que posso, venho prestigiar essa montagem. Minha irmã, Joana Darc, também. Ela virá no dia 21, na última semana de apresentação da peça aqui. Lembro que a primeira vez que assisti, chorei muito. Acho importantíssimo eventos como esse, como forma de preservar a memória de Luiz Gama.”

Antes do início do espetáculo, a advogada Mariana Nobre, filha de Roselene, não escondia a emoção. “Eu estou esperando me emocionar muito. Como advogada, minha expectativa é grande de vivenciar um pouco da trajetória dele, que se tornou advogado e, através do seu trabalho, conseguiu a liberdade de mais de 500 escravizados ilegalmente. É muito emocionante para mim”, revelou Mariana.

Também demonstrando ansiedade pela oportunidade de assistir à montagem, pela primeira vez, o historiador e, também, filho de Roselene, Carlos Augusto Nobre, definiu a legado de Luiz Gama como “a força do renascimento”: “Eu acho que o que eu mais aprendi com o Luiz Gama é a força do renascimento. É preciso sempre recomeçar e recomeçar com uma nova ideia. E é isso que eu espero do espetáculo. É a ideia de que é preciso sempre recomeçar, se reinspirar no passado para reescrever uma história, uma história que se reescreve a cada geração, com muito suor, com muita luta, mas com muito trabalho e muito entusiasmo. E o Luiz Gama tem isso. Isso é a energia do Luiz Gama que a gente herdou.”

As duas últimas apresentações de “Luiz Gama — Uma voz pela liberdade” estão marcadas para os dias 20 e 21 de maio, às 18h30.

 

Novas montagens agendadas
A montagem é uma das muitas que o CCPJ-RJ pretende apresentar ao longo deste ano. Todas, segundo a presidente do Centro Cultural, desembargadora Cristina Tereza Gaulia, com íntima ligação com a questão da justiça.

Entre os espetáculos previstos para entrar em cartaz estão “Moria”, do diretor Moacyr Góes, em julho; e as peças “Absolvição” e “Donatello”. Além da realização de leituras dramatizadas, lançamento de livros e o projeto musical Nota Justa, com o Prata da Casa.
A Sala Multiuso fica no Prédio Desembargador Caetano Pinto de Miranda Montenegro, na Rua Dom Manuel, 29, no Centro do Rio de Janeiro. Para assistir às montagens os interessadas poderão se inscrever pelo link: https://www.sympla.com.br/produtor/ccpjrj

 

JM/MB