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Cogens promovem palestra sobre assédio e discriminação no ambiente de trabalho
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 07/05/2025 16:43

Duas mulheres estão sentadas, uma de blusa e casaco roxo, e a outra, de vestido bege com preto, sentadas com uma bancada à frente apresentam a palestra em um auditório.

As assistentes sociais Karla Valle e Flávia Pereira de Azevedo falam sobre assédio e discriminação em palestra na Emerj
 

Dando continuidade às atividades pela Semana de Combate ao Assédio e à Discriminação, os Comitês de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral, Sexual e à Discriminação (Cogens 1º e 2º graus) do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro promoveram, na manhã desta quarta-feira (7 de maio), palestra sobre “O papel dos gestores e trabalhadores diante dos assédios e da discriminação no ambiente de trabalho”. A assistente social Karla Valle, da Coordenadoria de Saúde do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, falou sobre como agir, cobrar e se portar diante de violências que acontecem no ambiente de trabalho. A mediação do encontro foi de Flávia Pereira de Azevedo, assistente social do Núcleo de Atenção e Promoção à Justiça Social (Napjus) do TJRJ e chefe do Serviço de Apoio Multidisciplinar. 

A palestra foi realizada no Auditório Desembargador Joaquim Antônio de Vizeu Penalva Santos, na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj).

“Telepressão” e ferramentas sociais que se tornam abusos

Karla Valle, além de citar as formas de abuso e discriminação nas relações de trabalho, sob o manto de ter de cumprir metas e alcançar objetivos estabelecidos pelas chefias, falou sobre os mecanismos, via aplicativos e redes sociais que se transformam em verdadeiras armas de pressão aos trabalhadores nos dias de hoje.

“São desculpas cobrando ou falando de trabalho fora do expediente desse funcionário, servidor ou prestador de serviço, que fazem com que, nem nas horas de descanso, ele descanse por conta dessa pressão ou telepressão”, disse ela.

De acordo com a palestrante, casos de afastamento do trabalho por conta desse tipo de assédio têm sido cada vez mais constantes e o gestor, a chefia ou o administrador têm de saber reconhecer que isso acontece e a empresa ou instituição têm de acolher e ter um ambiente seguro para que essa vítima de abuso ou discriminação faça os mecanismos de proteção funcionarem.
“Cito aqui um exemplo: uma pessoa está afastada por conta de um atestado médico e seu chefe pede para que ele faça alguma coisa, que trabalhe mesmo assim. Isso é abuso”, diz a assistente social, explicando que cabe um olhar atento das instituições para não banalizar esse comportamento de quem tem um cargo de comando e exerce o chamado de “gerencialismo”, uma forma deturpada de gerir em busca de resultados.

Papel da instituição para dar segurança às vítimas

A assistente social do TRT explicou, em sua palestra, as diferentes formas de distorções gerenciais que foram classificadas da seguinte maneira: Gestão por injúria, por discriminação, por manipulação, por fofoca e por pressão.

Tanto Karla Valle como Flavia Pereira de Azevedo destacaram a importância de as instituições terem um espaço onde seus funcionários possam recorrer em casos de assédio e discriminação, que seja um ambiente seguro, com pessoas capacitadas para ouvir e levar adiante as denúncias e a apuração.

PF/MB
Foto: Brunno Dantas/TJRJ