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Encontro no Museu da Justiça promove troca de experiências sobre o cuidado e apoio à pessoa sob a responsabilidade legal de outra
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 06/10/2023 18:33

As assistentes sociais Andreia Cristina Alves Pequeno (E) , do TJRJ, e Rita de Cássia Cavalcante, da UFRJ, debateram a importância de apoio intersetorial para pessoas tuteladas

 

As assistentes sociais Andreia Cristina Alves Pequeno, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), e Rita de Cássia Cavalcante, da UFRJ, debateram, na tarde desta sexta-feira (6/10) a importância do apoio de vários setores às pessoas que, em decorrência de razões específicas, como no caso das doenças mentais, acabam tendo suas vidas sob a tutela de terceiros. As profissionais participaram do evento “A intersetorialidade entre o Judiciário e a rede de saúde mental na construção do Projeto Terapêutico Singular”, realizado na Sala Multiuso do Museu da Justiça e transmitido online, pela plataforma Microsoft Teams.  

O debate foi apresentado pela diretora do Departamento de Acesso à Justiça e Ação Social (Deaju), da Secretaria-Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS), Andrea Vaz. Ela explicou que, na gestão do presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, a Central de Curadoria Judicial passou a integrar a SGSUS, com apoio do diretor-geral da Secretaria, Antonio Ligiero, e da juíza auxiliar da Presidência, Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros. 

Em sua fala, a assistente social Andreia Pequeno disse que a ideia do encontro foi construir um espaço para o debate acerca do trabalho desenvolvido pela Central de Curadoria Judiciária.  

“Atualmente, a central atende 210 pessoas. A equipe enfrenta, desde 2018, o desafio de pensar e materializar uma proposta de cuidado e apoio para essas pessoas. E é isso que nos move, buscar cuidar destes que são vinculados ao TJ a partir de uma sentença de curatela”. 

 A convidada Rita Cavalcante é especialista em saúde mental pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz e coordenadora do projeto de pesquisa “Transversões - saúde mental e drogas, abordagem psicossocial e trabalho”. Ela abordou, em sua explanação, a Reforma Psiquiátrica, ocorrida no processo de redemocratização do país, no pós-regime militar. Ela explica que, na época, por denúncias dos profissionais envolvidos, como médicos, enfermeiros e assistentes sociais, e da própria sociedade, percebeu-se que os manicômios eram, na verdade, espaços de violência. Rita também destacou o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, (18/05), e falou sobre a intersetorialidade instituída entre as equipes do Judiciário e da política municipal de saúde mental. 

“O objetivo do trabalho intersetorial é superar barreiras e limitações que surgem quando as abordagens unilaterais ou setoriais são insuficientes para promover acesso aos direitos sociais e humanos. Trata-se de um trabalho conscientemente coletivo, integrado e coordenado para lidar com questões que afetam várias esferas da vida em sociedade”.  
Ao final do evento, o público presente pôde tirar suas dúvidas com as participantes.  
 
MG/FS

Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ

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