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Musical Donatello aborda memória e família no Centro Cultural do Poder Judiciário
Notícia publicada por Secretaria-Geral de Comunicação Social em 18/11/2025 11h55

                                                        O musical Donatello, que aborda o Alzheimer, estreou nessa segunda, 17

 

Uma obra que emociona ao tratar das memórias, do envelhecimento e dos desafios do Alzheimer. O musical Donatello estreou na segunda-feira, 17 de novembro, na Sala Multiuso do Edifício Desembargador Caetano Pinto de Miranda Montenegro. 

Promovida pelo Centro Cultural do Poder Judiciário (CCPJ), a apresentação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) conduziu o público a aplausos, risos e lembranças despertadas de forma afetuosa. Donatello propõe uma experiência sensível e poética, convidando a plateia a participar ativamente da reflexão sobre como vivemos a vida e sobre o impacto das pequenas lembranças que carregamos. 

Escrito e interpretado por Vitor Rocha, com direção de Victoria Ariante e músicas originais de Elton Towersey, o espetáculo aborda o Alzheimer com delicadeza, realçando o papel das memórias na construção de nossas relações e na compreensão do tempo. 

A narrativa acompanha Amendoim, um jovem que compartilha sua vivência com o avô diagnosticado com a doença. Ao mesmo tempo, o enredo revela a passagem do tempo, o amadurecimento e as lembranças que insistimos em preservar. Inspirado pelas recordações divididas com o avô, Amendoim decide transformá-las em sabores de sorvete, cada um com seu gosto, sua história e sua marca particular. 

O ator Vitor Rocha destacou a participação da plateia na construção da narrativa, ressaltando que as memórias do público passam a contar a história junto com Amendoim. 

“Precisei construir um personagem que pudesse se encaixar e gerar identificação com muitos personagens que viriam da plateia, com muitas memórias que as pessoas trariam. A mensagem que quero deixar é o que a peça termina dizendo: a importância de a gente criar boas recordações”, afirmou. 

Amendoim, interpretado por Vitor, chora, ri, se emociona e vive. Ao comentar os desafios da criação, o ator refletiu sobre as complexidades do processo. 

“A parte mais difícil foi equilibrar tudo: trazer realidade, essa crueza, esse realismo, mas também trazer um pouco de esperança, um pouco de beleza. Mesmo na tristeza, mesmo nos momentos difíceis, existe uma beleza que é a vida como ela acontece”, completou. 

VS/SF

Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ