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Tribunal de Justiça lança Painel da Demografia Étnico-Racial
Notícia publicada por Secretaria-Geral de Comunicação Social em 17/11/2025 12h55

Imagem da mesa do evento. Da esquerda para direita: Da esquerda para a direita: a coordenadora do Napjus, Inara Firmino, o secretário-geral da SGPES, Gabriel Albuquerque Pinto, o desembargador Wagner Cinelli, o secretário-geral da SGDAI, Rodrigo de Oliveira Rocha e o diretor do Deige, George Gonzaga de Lima Silva 

Da esquerda para a direita: a coordenadora do Napjus, Inara Firmino, o secretário-geral da SGPES, Gabriel Albuquerque Pinto, o desembargador Wagner Cinelli, o secretário-geral da SGDAI, Rodrigo de Oliveira Rocha e o diretor do Deige, George Gonzaga de Lima Silva 
 

Com o objetivo de oferecer uma visualização simples, precisa e intuitiva dos dados demográficos do Judiciário fluminense, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) lançou, nesta sexta-feira, 14 de novembro, o Painel da Demografia Étnico-Racial. A iniciativa é fruto de um esforço conjunto do Núcleo de Atenção e Promoção à Justiça Social (Napjus), da Secretaria-Geral de Gestão de Pessoas (SGPES) e da Secretaria-Geral de Dados Gerenciais e Análise de Indicadores (SGDAI), por meio de seu Departamento de Informações Gerenciais (Deige). O projeto ficou cerca de um ano em desenvolvimento. 

O desembargador Wagner Cinelli, presidente do Comitê de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação no 1º Grau de Jurisdição (Cogen–1º Grau), chamou atenção para o papel central das informações na compreensão da realidade institucional. 

“Precisamos conhecer melhor todas essas informações que temos disponíveis. Às vezes, elas estão escondidas, então, precisamos garimpar, mas elas estão ali. É a partir desse tratamento dos dados que podemos nos conhecer melhor, conhecer melhor a nossa história.” 

Além do desembargador, o secretário-geral da SGPES, Gabriel Albuquerque Pinto, destacou a importância dos dados. “Só com esse mapeamento do nosso Tribunal podemos, de fato, promover a equidade no Sistema de Justiça. Sem dados, é como se caminhássemos às cegas", destacou. 

Página inicial do Painel Étnico-Racial

                                                                                                        Página inicial do Painel Étnico-Racial 

Dados como forma de promoção da equidade no Judiciário 

Em conjunto com o lançamento do painel, o coordenador do Núcleo de Estudos Raciais do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Michael França, junto com o diretor do Deige, George Gonzaga de Lima Silva, o integrante da SGDAI Diogo Matias Cordeiro e a coordenadora do Napjus, Inara Flora Cipriano Firmino, realizaram a palestra “A Importância da Produção de Dados para a Promoção da Equidade no Sistema de Justiça”.  

França, que também é colunista da Folha de São Paulo e editor do espaço “Políticas e Justiça” do jornal, falou sobre as desigualdades raciais no Brasil e a importância dos dados para compreender a profundidade dessas disparidades. A palestra contextualizou como estudos quantitativos ajudam a revelar padrões estruturais de desigualdade e a orientar políticas públicas mais eficazes. 

O funcionamento do painel e sua construção 

Para construir o painel, foi utilizada a base de dados proveniente do sistema de Gestão de Pessoas, aplicada a servidores, magistrados, estagiários e colaboradores, cruzada com informações cadastrais do TJRJ e dados complementares do sistema de Recursos Humanos. Esse cruzamento passou por etapas de tratamento e verificação de consistência, garantindo que as informações estivessem completas e confiáveis. 

Com essa base consolidada, foram criados indicadores simples, objetivos e de leitura imediata, distribuídos em visualizações que permitem compreender a composição étnico-racial do Tribunal. O painel inclui filtros que possibilitam analisar os dados por unidade, órgão, função ou grupos específicos, além de oferecer uma visão geral de toda a instituição. Ele também apresenta informações agregadas, comparativos e percentuais que ajudam a identificar padrões, assimetrias e áreas que demandam atenção. 

A visualização facilita o monitoramento de políticas de equidade, a construção de diagnósticos institucionais e a identificação de oportunidades de ação. Assim, o painel transforma dados brutos em informações claras e úteis para a promoção da diversidade e da equidade no Sistema de Justiça. Para preservar a privacidade e atender à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), o painel utiliza apenas dados sintéticos, sem detalhamento individualizado.  


Acesse o painel 

Clique neste link para acessar o painel 

VM/SF

Fotos: Felipe Cavalcanti / TJRJ