Justiça com Perspectiva de Gênero e Raça é tema de palestra dos Cogens
O desembargador Wagner Cinelli (ao centro) intermediou a mesa ao lado das palestrantes Milena Afonso (à esquerda) e Márcia Nina Barbosa (à direita)
Os Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Sexual e da Discriminação (Cogens 1º e 2º Graus), do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), promoveram, nesta quinta-feira, 13 de novembro, a palestra “Justiça com Perspectiva de Gênero e Raça: 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra meninas e mulheres". A mesa foi realizada no Auditório Nelson Ribeiro Alves, no Fórum Central, e fez parte do projeto Ciclo Permanente de Palestras, do Núcleo de Atenção e Promoção à Justiça Social (Napjus).
A exposição, ministrada pela professora universitária Márcia Nina Barbosa e pela pesquisadora Milena Afonso, ao lado do presidente do Cogen 1º Grau, desembargador Wagner Cinelli, teve por objetivo gerar uma reflexão acerca das narrativas políticas que podem embasar decisões judiciais.
Citando estudiosos do Direito e da Sociologia, a professora associada no programa de pós-graduação em Direito do Departamento de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio) Márcia Barbosa, destacou a importância de identificar quais referenciais teóricos fazem parte da formação do indivíduo. “Todos temos uma base, uma lente própria que nos ajuda a ler e interpretar o mundo a partir de experiências prévias”.
“Mas, quando estamos em uma posição de poder e de julgar, é necessário tentar entender o lugar do outro e as vivências que o outro carrega”, complementou a pesquisadora do Grupo de Pesquisas e Estudo Ladino-amefricano e Afrodiaspóricos Milena Afonso. Para ela, o Poder Judiciário deve considerar as realidades diferentes dos jurisdicionados, em especial à de mulheres e negros.
Durante a palestra, o desembargador Wagner Cinelli, relembrou as ações que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro faz para alcançar as metas de raça e gênero do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “O TJRJ está caminhando para alcançar as recomendações e resoluções do CNJ, chegando a ser receber o prêmio de equidade racial na categoria boas práticas. Mais recentemente, inclusive, os juízes receberam uma cópia dos Protocolos de Julgamento com Perspectiva de Gênero e Raça, propostos pelo Conselho”, disse.
A palestra terminou apresentando os vídeos do projeto “Quem sente na pele”, dos Cogens, que abordam o tema discriminação e racismo. Clique neste link e acesse o vídeo sobre discriminação. E clique neste link para acessar o vídeo sobre racismo.
KB/IA
Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ