Curso sobre assédio moral e discriminação reúne gestores do TJRJ
A primeira aula do curso "Gestores(as) contra o Assédio e a Discriminação: práticas de Comunicação Não Violenta e Estratégias de Prevenção" foi realizada nesta sexta-feira, 24 de outubro. A iniciativa é uma parceria entre a Escola de Mediação do Estado do Rio de Janeiro (Emedi), os Cogens (Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação), o Napjus (Núcleo de Atenção e Promoção à Justiça Social) e o Nupemec (Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos). A palestrante foi a psicóloga Naura Americano.
A abertura do encontro contou com as presenças do presidente do Cogen - 1° Grau, desembargador Wagner Cinelli, e do juiz Gustavo Quintanilha, conselheiro da administração da Emedi. Os magistrados destacaram a importância de se debater o tema e desejaram um curso proveitoso para os participantes. "O Cogen é uma escuta qualificada, é uma porta de acolhimento. Temos que falar com mais pessoas, falar e ser ouvido. Hoje, vamos falar diretamente com os gestores", destacou o desembargador Wagner Cinelli.
Durante o evento, servidoras do Cogen explicaram a função e o funcionamento do comitê. Os Cogens têm por objetivo promover a igualdade de gênero e prevenir e enfrentar todas as formas de assédio e discriminação contra magistrados, servidores, e demais funcionários do Poder Judiciário fluminense.
Em sua palestra, a psicóloga Naura Americano abordou a comunicação não-violenta. Ela acredita que aprender a se comunicar adequadamente é essencial para prevenção do assédio moral. "A comunicação é fundamental no nosso cotidiano, especialmente para quem assume a função de liderança. Há dez anos, não se ouvia falar sobre comunicação não-violenta. Hoje ela é difundida no mundo todo. É fato que a gente ainda se comunica de forma violenta e isto está intrinsecamente ligado ao assédio moral", considerou.
Naura Americano explicou que muitas pessoas que realizam assédio moral não têm consciência de suas atitudes. Ela acredita ser necessário intenso diálogo e reflexão sobre o tema, mas para isso é fundamental que as pessoas se sintam em segurança para se manifestarem. "O desafio é criar um ambiente, dentro das organizações, em que as pessoas se sintam seguras para se expressarem, sabendo que não vão sofrer retaliação. Isso é um grande desafio. As mudanças são possíveis, a oportunidade está sendo criada", declarou.
O curso prossegue nos dias 7, 14 e 27 de novembro, sempre das 14h às 17h.
MG/FS
Foto: Felipe Cavalcanti/ TJRJ