Julgamento de madrasta acusada de envenenar enteados é adiado
A sessão de julgamento de Cíntia Mariano, acusada de envenenar os enteados com chumbinho, foi redesignada para o dia 4 de março de 2026. A ré é acusada pela morte da enteada Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, e por tentativa de homicídio contra o irmão dela, Bruno Cabral, que tinha 16 anos na época. O crime aconteceu em Realengo, Zona Oeste do Rio, em 2022.
A defesa da ré decidiu abandonar o júri após ter o pedido de adiamento indeferido pelo juízo. O Ministério Público também se opôs ao adiamento. Os advogados de Cíntia decidiram, então, abandonar o plenário. “Destaca-se que o abandono da sessão plenária do Tribunal do Júri de forma deliberada por qualquer dos membros da bancada de defesa (advogados), em razão da quebra de dever funcional, constitui tática processual que atenta contra a dignidade da Justiça e o dever de lealdade processual. Tal ato gera expressivo desnecessário dispêndio de recursos públicos, considerando a complexa e onerosa logística que envolve a sua realização, pela qual será pessoalmente responsabilizado membro que abandonar o plenário no valor dos custos para a realização da sessão”, destacou a decisão.
Pelo ato da defesa, foi aplicada multa, no valor de 10 salários mínimos, e determinado que seja pago o valor correspondente ao custo para realização da sessão de júri, a ser calculado pela Contadoria Judicial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Processo número: 012891593.2022.8.19.0001
MG/MB