Palestras debatem inovação e governança em evento “Alternativas Sustentáveis”
Da esquerda para a direita: o secretário-geral da SGGIC, Carlos Brasil; o CEO da EZVolt, Gustavo Tannure; o secretário-geral da SGSUS, Carlos Eduardo Menezes; e a coordenadora de Políticas Públicas do Sebrae, Angélica Gusmão
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), por meio da Secretaria-Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS), promoveu, na tarde desta quarta-feira, 15 de outubro, uma série de palestras sobre inovações sustentáveis no Poder Judiciário, como parte do evento “Alternativas Sustentáveis: consumo consciente”. As apresentações foram realizadas no Auditório Desembargador Joaquim Antônio de Vizeu Penalva Santos, na sede da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj). A iniciativa integra o compromisso do Tribunal com o Programa Justiça Carbono Zero, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Governança sustentável
Abrindo a programação, o secretário-geral de Governança, Inovação e Compliance, Carlos Brasil, apresentou a palestra “TJRJ – Governança Sustentável”, destacando o papel da governança institucional como base para a entrega de valor público e para a consolidação de uma cultura sustentável no Judiciário.
“As empresas privadas trabalham por lucro. As unidades de administração pública, principalmente as diretas, trabalham para o chamado ‘valor público’. É isso que nós medimos, e é isso que nós exigimos na governança de cada uma das unidades. Qual é o valor que você está entregando ao cidadão? Se você não entrega valor, você está errando”, ressaltou.
Durante a apresentação, o secretário também explicou como os chamados “Três Mecanismos da Governança Sustentável” – Liderança, Estratégia e Controle – são os pilares que orientam a transparência, a inovação e a legitimidade da gestão pública. Ele destacou, ainda, a integridade institucional como a base da sustentabilidade, por meio do fortalecimento de programas de compliance – conjunto de políticas, práticas e procedimentos que garantem que uma organização se conforme a leis, regulamentos, normas internas e princípios éticos.
A partir disso, o secretário-geral da SGSUS, Carlos Eduardo Menezes da Costa, destacou o início de um novo projeto estratégico do Tribunal: a migração, no final deste mês, após o término do processo de licitação, de sua matriz energética, saindo do fornecimento cativo das concessionárias de energia elétrica e passando para uma empresa comercializadora de energia limpa e renovável.
O futuro que queremos
Em seguida, a coordenadora de Políticas Públicas do Sebrae, Angélica Gusmão, apresentou a palestra “O Futuro que Queremos”, abordando os desafios de integrar sustentabilidade, inovação e cidadania em uma mesma agenda de transformação social. A palestrante ainda destacou a importância de aproximar o setor público, o privado e a sociedade civil em torno de metas comuns.
Veículos elétricos: desafios e oportunidades
Para encerrar a programação, o CEO da EZVolt, startup brasileira especializada em infraestrutura de recarga para veículos elétricos, Gustavo Tannure, apresentou a palestra “Veículos elétricos: desafios e oportunidades”. Tannure discutiu o avanço da startup e da mobilidade elétrica no país e destacou o papel das instituições públicas na promoção de exemplos concretos de sustentabilidade.
“Eu acho que cada um tem que fazer o seu, dar o exemplo para o outro, e aquilo vai reverberando e cada vez mais a gente vê essas iniciativas pequenas virando grandes atos. Eu me sinto muito orgulhoso do que vocês estão fazendo aqui. Espero que seja um reflexo. Espero que os outros tribunais estejam atuando assim também”, afirmou.
Compromisso com a sustentabilidade
Em conjunto com as palestras, o evento contou com a exposição de soluções sustentáveis no térreo da Lâmina I do Fórum Central, com demonstrações de bicicletas e veículos elétricos, energia solar fotovoltaica, compostagem doméstica e corporativa, além de ações de coleta de pilhas e cápsulas de café.
VM/IA
Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ