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Museu da Justiça recebe talentos da Unirio para apresentação musical
Notícia publicada por Secretaria-Geral de Comunicação Social em 12/09/2025 16h55


Da esquerda para direita: violonista, Iuri Chicharo Gastim; flautista, Vinícius Marinho; pianista, Maria Luisa Lundberg; fagotista, Camila Peres; professora, Ariane Petri; fagotista, Pedro Henrique Silva; fagotista, Jonathan Strom

Em mais uma edição do “Museu Convida”, a Sala Multiuso do Edifício Desembargador Caetano Pinto de Miranda Montenegro se transformou num palco para receber os músicos que formaram o grupo “Talentos Unirio”, celebrando a parceria entre o Museu da Justiça e o projeto cultural Recitais Unirio, organizado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. 

O recital do mês de setembro foi dividido em três atos. No primeiro, os fagotistas Camila Peres, Jonathan Strom e Pedro Henrique Silva se apresentaram de forma individual. Eles escolheram, respectivamente, as composições “Sonatina”, do alemão Ernst Mahle; “Premier Solo de Basson”, do francês Eugène Bordeau;  e “Concerto em Mi Menor”, do italiano Antonio Vivaldi. Em seguida, acompanhados pelo piano de Maria Luisa Lundberg, os três retornaram para performar em conjunto o jazz de Paul Desmond com “Take Five”.

Jonathan, que é de Nova Iorque, nos Estados Unidos, mas já vive há 26 anos no Brasil, relatou que passou algumas décadas sem tocar o instrumento, mas recuperou o hábito durante a pandemia de Covid-19. A escolha por “Take Five” partiu dele, e serviu para lembrar um pouco de seu passado. “Por volta de 1970, eu tocava com duas fagotistas que me apresentaram esse arranjo. E, quando voltei a tocar o fagote, entrei em contato com uma delas, que me enviou o arranjo novamente, e, aí, começamos a praticar para essa apresentação”. 


                                                         Músicos do grupo "Talentos da Unirio" se apresentam na Sala Multiuso 

Paixão pela música desde criança 

Em comparação com a experiência de Jonathan, Pedro Henrique Silva tem apenas 20 anos, mas já dedicou a maior parte deles à música. “Eu sou apaixonado por música desde que tinha seis anos de idade. No começo, minha paixão eram os instrumentos de percussão, só que não durou muito. Depois disso, eu queria tocar saxofone, mas me apresentaram ao fagote e foi amor à primeira vista”.

Uma viagem musical à Argentina

O último ato deixou de lado a musicalidade europeia e veio diretamente para a América do Sul, mais precisamente para a Argentina. Com a flauta de Vinícius Marinho e o violão de Iuri Chicharo Gastim, a plateia foi convidada para um breve passeio pela história do tango argentino a partir das composições de Astor Piazzolla, um dos grandes nomes da história desse gênero. Ao todo, foram quatro movimentos escolhidos por eles para contar o passado do tango: “Bordel 1900”, “Café 1930”, “Night-club 1960” e, para encerrar, “Concert d’aujourd’hui”, que pode ser traduzida para o português como “Concerto do dia de hoje”. 

Recitais Unirio

Embora tenha iniciado suas atividades em abril de 2025, o projeto Recitais Unirio já conta com apresentações em espaços como o Museu da República e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), além de promover ações em escolas públicas da rede municipal do Rio de Janeiro. A parceria com o Museu da Justiça, que teve início em agosto, prevê a realização de novos recitais, mensalmente, durante o segundo semestre. 

PB*/SF

*Sob supervisão

Fotos: Rafael Oliveira