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Desembargadora Andréa Pachá e jornalista Bianca Ramoneda participam de leitura dramatizada no CCPJ
Notícia publicada por Secretaria-Geral de Comunicação Social em 25/08/2025 17:11

“A vida não é justa, ela é uma sucessão de tragédias, comédias, alegrias”. A reflexão foi feita pela desembargadora Andrea Pachá durante a edição do Cena Lida, Cena Comentada, realizada na sexta-feira, 22 de agosto, na Sala Multiuso do Edifício Desembargador Caetano Pinto de Miranda Montenegro.

O evento, promovido pelo Centro Cultural do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (CCPJ), trouxe ao público uma leitura dramatizada, com participação da jornalista, poeta e atriz Bianca Ramoneda, de trechos do livro de crônicas A Vida Não é Justa, escrito pela magistrada Andrea Pachá.

As histórias do livro, inspiradas em experiências da autora em vara de Família, revelam a complexidade das relações humanas diante da Justiça. Em uma das passagens lidas, um casal que se conheceu em uma roda de samba enfrenta sucessivas crises e acaba se afastando por pequenos conflitos do cotidiano. O desfecho evidencia a atuação humanizada da magistrada como fator decisivo para a reconciliação.

 A desembargadora Andrea Pachá destacou que buscou transformar anos de experiência no Judiciário em narrativas capazes de aproximar o leitor da realidade das audiências.

“Eu já fui roteirista de cinema, produtora de teatro e sempre tive um olhar para o humano, tanto na Justiça quanto na arte. A minha preocupação era construir um texto que permitisse ao leitor sentir empatia pelos personagens. É uma alegria muito grande ver as pessoas enxergarem o Judiciário como algo humano e afetuoso, que tenta resolver, se não de forma eficaz, de maneira a reduzir os danos das pessoas que sofrem”, afirmou a magistrada.

 

                                                                      Desembargadora Andrea Pachá e jornalista Bianca Ramoneda durante o evento
 

A jornalista Bianca Ramoneda destacou a forma como a juíza no livro lidava com as audiências. Para ela, quando profissionais do Direito escutam a história de pessoas em situação de fragilidade, é possível criar uma ponte natural com a dramaturgia.

“Quando eu entrei no Tribunal e olhei os corredores, enxerguei muitas histórias. Aqui dentro tem a vida de milhões de pessoas. Esse prédio é feito de vida, são crises, dificuldades e ajuda também. O tribunal é um mundo e é desse mundo que a Andrea se abastece’, relembrou a jornalista.

Publicado originalmente em 2012, o livro ganhou adaptação para o teatro e, em 2022, teve uma edição comemorativa com novos capítulos e histórias inéditas.

VS/ MG

Foto: Rafael Oliveira /TJRJ