Sala de Apoio à Amamentação promove acolhimento e qualidade de vida no Fórum

A colaboradora Mariana Benício da Silva Coelho, a diretora da Divisão de Gestão Ambiental Claudia de Sá Cardoso Schkrab e a colaboradora Juliana Cunha Magalhães Alexandre comemoram a utilização da Sala de Apoio à Amamentação 

O “Agosto Dourado” foi instituído para conscientizar e estimular ações de incentivo à amamentação, garantindo que mamães e seus bebês possam usufruir de todos os benefícios desta prática, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como fundamental para que as crianças recebam os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. No primeiro dia do mês, mais de 120 países do mundo celebram o Dia Mundial do Aleitamento Materno, também como forma de valorizar e buscar condições adequadas para que as lactantes tenham seus direitos garantidos.

No Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), a Sala de Apoio à Amamentação da Mulher que Trabalha, primeira de um tribunal no país a ser certificada pelo Ministério da Saúde, tem colaborado com a rotina de servidoras, colaboradoras e de todas as lactantes que circulam pelas dependências do Judiciário fluminense. Criado em 2023, o espaço faz parte do projeto Amamentação Sustentável da Secretaria Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS), com o objetivo de disponibilizar um local seguro e acolhedor para que seja possível extrair e armazenar o leite durante o expediente em condições adequadas de saúde e higiene.

Para a diretora da Divisão de Gestão Ambiental do TJRJ Cláudia Schkrab, a Sala de Apoio é, além de uma prática sustentável, uma política de gênero que promove um ambiente adequado para as mulheres que trabalham no Tribunal. “Essa iniciativa permite que a mulher possa trabalhar sem se preocupar com a alimentação do bebê e nem mesmo com sua aparência, pois a falta de um local para a extração adequada pode gerar um desconforto enorme no dia a dia.” 

Ela também deu ênfase ao trabalho desenvolvido pelo TJRJ em parceria com instituições como o Instituto Fernandes Figueira, referência em cuidados de saúde para mulheres, crianças e adolescentes, assim como a atuação em conjunto com a FIOCRUZ, que recebe as doações de leite materno colhidas no Tribunal para em seguida realizar o armazenamento adequado e a distribuição para aqueles que mais precisam do alimento. 

Para se ter ideia do impacto que essas doações podem causar, apenas 200ml de leite materno são suficientes para suprir as necessidades diárias de até dez recém-nascidos internados em unidades de terapia intensiva neonatal. 

A colaboradora Juliana Cunha Magalhães Alexandre, mamãe da pequena Ellie, de 9 meses, relatou que contar com a Sala de Apoio à Amamentação foi um alívio após o fim de sua licença maternidade. “Essa iniciativa é muito importante, pois quando eu ia voltar ao trabalho fiquei pensando em como fazer a extração do leite em meio ao expediente. E quando eu soube que o Tribunal tinha esse espaço, isso deixou de ser uma preocupação. Eu consigo separar um pouco para a Ellie, que só se alimenta do leite materno, e também ajudo a salvar vidas com as doações.”

Ativista da amamentação natural e mãe da Laura, que completa 2 anos de idade no próximo dia 11, a assessora do Departamento de Sustentabilidade Mariana Benício também carrega o posto de maior doadora de leite materno desde a criação da Sala de Apoio. Para ela, contribuir com a saúde de outras mães e de seus bebês é um ato de amor.

“Eu acabei de extrair 110ml para a doação, o que pode parecer pouco, mas cada mililitro pode fazer a diferença na vida de um bebê prematuro. Eu atribuo até mesmo a saúde da minha filha ao consumo do leite materno, que é o alimento mais rico do mundo. Por isso é importante que cada vez mais lactantes utilizem a sala, seja para levar para casa ou doar, e é muito bom saber que o Tribunal se preocupou com essa causa e disponibiliza um espaço que é confortável, higiênico, seguro e nos proporciona qualidade de vida”. 

A Sala de Apoio à Amamentação está localizada na Lâmina I, 1° andar, sala 111 B, e fica aberta ao público de 11h às 18h. Durante o mês de agosto, o local receberá um ponto de coleta para doações de potes de vidro, que devem ter tampa plástica e formato parecido com embalagens de café solúvel, e serão destinados ao armazenamento do leite materno doado pelas lactantes. 

PB*/FS

*Estagiário sob supervisão de FS

Fotos/Felipe Cavalcanti/TJRJ