Autofit Section
Napjus Cultural promove debate sobre a luta antirracista
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 11/07/2025 20:05

 

A historiadora Tatiana Lima Brandão (E) a diretora Val Gomes, o desembargador Wagner Cinelli e o juiz André Nicolitt participaram do debate junto às exibições

Na noite da última quinta-feira, 10 de julho, a Sala Multiuso do Edifício Desembargador Caetano Pinto de Miranda Montenegro recebeu um cinedebate com a exibição da série de documentários Coleção Antirracista, em uma iniciativa organizada pelo Núcleo de Apoio e Promoção à Justiça Social (Napjus), que faz parte dos Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Sexual e da Discriminação (Cogens) do Tribunal de Justiça do Rio.

A série Coleção Antirracista é formada por oito documentários de curta duração, reunindo assuntos como a escravidão, cotas raciais e o racismo estrutural. Para a ocasião, a diretora da série, Val Gomes, foi convidada especial e enriqueceu o debate sobre as questões raciais.  Formada em Ciências Sociais, Val tem sua trajetória profissional voltada para a cultura e os direitos humanos, além de tratar de temas como violência doméstica e igualdade de gênero. Na oportunidade, demonstrou sua satisfação em participar do evento. “Essa iniciativa do Tribunal de Justiça é de extrema importância, e fiquei muito feliz com o convite para mostrar a Coleção Antirracista aqui, porque dessa forma ela cumpre sua função de letramento e de ser utilizada em ambientes diversos para discutir a questão racial”, afirmou. 

Compondo o debate, o presidente do Fórum Permanente de Direito e Relações Raciais da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), juiz André Nicolitt, destacou a utilização do audiovisual para discutir o tema. “Essa série, de forma muito objetiva, esclarece muitos pontos em efervescência na sociedade brasileira como a violência policial, as desigualdades salariais e a baixa representatividade nos cargos de poder, em uma linguagem direta.” 

Também fizeram parte da conversa a historiadora Tatiana Lima Brandão e o presidente do Cogen - 1° Grau, desembargador Wagner Cinelli. Ele enfatizou a atuação em conjunto de diversos órgãos do Tribunal de Justiça como a Emerj, o Centro Cultural do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (CCPJ-RJ), o Museu da Justiça do Rio e o Observatório de Pesquisas Felippe Miranda da Rosa na promoção do debate. “A abordagem desses temas pelo Tribunal de Justiça tem um valor muito grande, porque essas eram lutas e processos que provocavam reflexão e conscientização, mas aconteciam em outros espaços. No passado, os eventos culturais estavam ligados diretamente ao Direito, e hoje nós tratamos de vários temas em um formato multidisciplinar”, afirmou o desembargador. 

Prestigiando o cinedebate na plateia, o presidente da Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra (Cevenb) da OAB-RJ, Humberto Adami, parabenizou a realização do evento e destacou a importância de que advogados, juízes e desembargadores tenham sua atenção voltada para a luta antirracista. 

O evento marcou a 22ª Reunião do Fórum Permanente de Pesquisas Acadêmicas - Interlocução do Direito e das Ciências Sociais, presidido pelo desembargador Wagner Cinelli, e a 23ª Reunião Fórum Permanente de Direito e Relações Raciais da Emerj, além de ter sido a primeira atividade do Núcleo de Sociologia das Instituições do Observatório de Pesquisa Felippe de Miranda Rosa.

PB*/FS
Fotos/Brunno Dantas