Projeto Violeta é inaugurado em Barra do Piraí
O presidente da 4ª Câmara de Direito Público, desembargador Caetano Ernesto da Fonseca, participou da cerimônia de inauguração
O Projeto Violeta, da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Coem), foi inaugurado em mais um município do estado do Rio de Janeiro. Na quinta-feira, 10 de julho, o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) e a Prefeitura de Barra do Piraí instalaram a unidade no antigo Fórum Zótico Baptista, no Centro da Cidade.
O projeto tem o objetivo de promover a garantia da segurança e da proteção máxima às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, acelerando o acesso à Justiça daquelas que estão com a integridade física e a vida em risco.
Participaram da cerimônia o presidente da 4ª Câmara de Direito Público, desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa, que representou o presidente, desembargador Ricardo Couto de Castro; a coordenadora da Coem, desembargadora Adriana Ramos de Mello; a juíza Katylene Collyer Pires de Figueiredo, titular do Juizado de Violência Doméstica e do Juizado Especial Cível da Comarca de Barra do Piraí; a prefeita do Município, Katia Miki; a secretária da Secretaria Municipal da Mulher, Daniella Oliveira; além de magistrados das regiões vizinhas e representantes de instituições públicas.
Local conta com espaço de acolhimento para filhos das vítimas de violência
Na abertura, a desembargadora Adriana Mello pontuou que os danos à vítima de violência doméstica não se encerram nela ou na família apenas, mas impactam o todo. “O trabalho realizado de acolhimento à mulher vítima de violência doméstica é fundamental para que tenhamos êxito em garantir a sua proteção. Quando perdemos uma mulher pela violência, não é só o seu núcleo familiar que é afetado. Aquela situação gera impactos em toda a sociedade, nos filhos, nos familiares, no trabalho. Para evitar isso, é necessário que tenhamos um atendimento adequado, humanizado e qualificado”, afirmou.
O projeto garantirá, não apenas um acolhimento mais respeitoso e digno, mas também uma segurança para a mulher, de acordo com a juíza Katylene Collyer, que também é membra da Coem. “A vítima poderá aguardar a audiência nessa sala violeta e deixar o filho pequeno no espaço lúdico daqui, sem precisar ter contato com o agressor. Ela será atendida por uma equipe técnica de assistentes sociais e psicólogos que irá orientá-la, com garantia de sigilo profissional e privacidade. Assim, evitamos revitimizá-la e proporcionamos uma segurança maior”.
Diminuir os números de violência contra a mulher será uma tarefa difícil, afirmou a prefeita Katia Miki, porém as instituições estão se esforçando para mudar o quadro. “Os índices de violência doméstica na nossa cidade são altos, mas planejamos políticas públicas para modificar essa realidade. A instalação do Projeto Violeta, resultado do Termo de Convênio de Cooperação Técnica e Material, celebrado entre o Tribunal de Justiça do Rio e o Município de Barra do Piraí é uma prova de que acreditamos que isso é possível”.
KB/MB
Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ