Justiça inicia audiência que apura morte do contraventor Fernando Iggnácio
A 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro ouviu nesta quinta-feira, dia 26 de junho, as testemunhas arroladas pelo Ministério Público no processo que apura a morte do contraventor Fernando Iggnácio, executado a tiros em novembro de 2020 no estacionamento de um heliponto no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da cidade.
O bicheiro Rogério de Andrade, acusado de ser o mandante do crime, acompanhou a audiência por videoconferência do presídio federal de segurança máxima em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde está preso. O outro acusado, o ex-policial militar Gilmar Eneas Lisboa, que está preso no Rio e é apontado como a pessoa que monitorou Iggnácio antes do crime, acompanhou os depoimentos do plenário.
A primeira testemunha a ser ouvida foi o policial civil Luciano Konig Diniz que atua no Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco). O agente foi o responsável por analisar o material telemático armazenado em dispositivos eletrônicos e nos dados digitais apreendidos pela Polícia Civil. O segundo a depor foi o também policial civil e integrante do Gaeco, Pedro Policarpo. Ele revisou a análise feita pelo agente Luciano Diniz.
Também prestaram depoimento mais cinco testemunhas: o delegado Moyses Santana; os funcionários da empresa Heli-Rio Táxi Aéreo, André Ribeiro Guerra, controlador de voo, e Felipe Rafael Araújo da Silva, responsável pela manutenção das câmeras de segurança; o piloto do helicóptero que buscou Iggnácio em Angra dos Reis, Diego Ticchetti; e Jorge Alexandre Ferreira da Silva, zelador do Condomínio Vera Cruz, onde os acusados teriam escondido o armamento utilizado na execução.
Após encerrar a fase de depoimentos das testemunhas, a juíza deferiu o requerimento da defesa de Rogério Andrade para realização da perícia do celular apreendido com o Marcio Araujo de Souza, suspeito de contratar os executores do crime, mais especificamente nos arquivos de imagens representando supostas fotografias de telas de celular contendo conversações em um aplicativo de mensagens (WICKR). Após a conclusão da perícia, o juízo irá designar nova data para continuação da audiência, para realização do interrogatório dos réus.
Processo nº 0138856-96.2024.8.19.0001
IA/JM/ FS