Cogens debatem assédio e discriminação religiosa no ambiente de trabalho
A pedagoga Evelyn Alves e o jornalista Rennan Leta debatem a intolerância religiosa no ambiente de trabalho durante palestra promovida pelos Cogens
Em mais um evento da Semana de Combate ao Assédio e à Discriminação, a Sala Multiuso do Prédio Desembargador Caetano Pinto de Miranda Montenegro recebeu, nesta segunda-feira (12 de maio), a palestra “Discriminação religiosa no ambiente de trabalho: ampliando as compreensões sobre assédio”. Organizada pelos Comitês de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral, Sexual e à Discriminação (Cogens 1º e 2º graus), o evento contou com a participação da pedagoga e educadora socioemocional Evelyn Alves e do jornalista e pós-graduando no MBA em ESG na Fundação Getúlio Vargas, Rennan Leta.
Importância da educação
Com base nas garantias constitucionais e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, os palestrantes falaram sobre como enfrentar as formas de assédio religioso, não apenas no ambiente de trabalho, mas também em situações do cotidiano. Para eles, a empatia, o acolhimento e a escuta ativa são fundamentais no enfrentamento ao assédio e na construção de um ambiente seguro e confortável para cumprir as funções laborais, destacando um aliado fundamental nessa luta: a educação.
Trazendo relatos de sua experiência ao atuar na educação básica e profissionalizante, Evelyn Alves reforçou a necessidade de pensar o ensino através da diversidade cultural e religiosa, ressaltando que as mudanças não devem se limitar ao discurso. “As competências socioemocionais vão prever a ideia da empatia, que é se colocar no lugar do outro e criar uma dimensão de diálogo com ele. Então, se faz urgente a modificação dos nossos discursos, mas se faz mais urgente ainda as modificações das nossas práticas”, destacou.
Fundador da ONG Casa Favela, Rennan Leta também compartilhou as vivências de sua atuação no campo social e profissional. Ele explicou que os espaços sociais não estão preparados para lidar com doutrinas de diversas religiões, mas é, através da educação, que esse cenário pode mudar. “Precisamos começar as mudanças a partir de espaços como esse, que difundem o conhecimento. A educação é o que de fato vai transformar e fazer com que a gente saia do lugar em que estamos, onde os índices e as denúncias de assédio e violência crescem a cada década”, afirmou.
Semana de Combate ao Assédio e à Discriminação
Instituída pela Resolução N° 450 do Conselho Nacional de Justiça, a Semana de Combate ao Assédio e à Discriminação tem o objetivo de combater de forma preventiva o assédio e a discriminação nos ambientes de trabalho, sensibilizando magistrados, servidores, estagiários e colaboradores do Tribunal de Justiça.
Cogens/TJRJ promovem programação especial de combate ao assédio e à discriminação
Conheça o trabalho dos Cogens/TJRJ
PB*
*Estagiário com supervisão de MB.
Foto: Felipe Cavalcanti/TJRJ