Inclusão e acessibilidade: TJRJ debate empregabilidade para pessoas com deficiência
Da esquerda para a direita: a secretária municipal da Pessoa com Deficiência Helena Werneck, o secretário-geral da SGSUS Carlos Eduardo Menezes da Costa, a diretora da Divisão de Ações Sociais Renata Victorino e a chefe de serviço de Acessibilidade e Programas Sociais Cláudia Brogno
Em uma iniciativa da Secretaria Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS), o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro promoveu, na quarta-feira (7 de maio), o Simpósio Empregabilidade PcD. No Auditório Desembargador José Navega Cretton, representantes de diversas áreas do setor público e da sociedade civil se reuniram para debater os desafios e as possibilidades para promover a inclusão plena de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e também no cotidiano.
Na abertura, o secretário-geral da SGSUS Carlos Eduardo Menezes da Costa, ressaltou a importância do engajamento e da valorização do aspecto humano para a inclusão. “Nós temos que trabalhar com acessibilidade na comunicação, temos que promover cursos e eventos como o de hoje, sempre de forma engajada. E temos que trabalhar o lado humano, pois é uma questão altamente relevante”, afirmou.
Logo na sequência foram iniciados os painéis, todos com mediação realizada pela gerente de Trabalho e Assistência da Pessoa com Deficiência da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, Dejane Nascimento. Intitulado de “Inclusão no Mercado de Trabalho: conquistas e desafios”, o primeiro painel teve a participação de representantes de diversas instituições do poder público, como a juíza federal e presidente da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Claudia Valéria Fernandes Bastos. Mãe de um filho com deficiência, ela destacou em sua fala a importância da acessibilidade e da mudança de comportamento da sociedade para que o mercado de trabalho possa ser, de fato, inclusivo. “Incluir não é só chamar alguém para uma festa, mas chamar aquela pessoa para dançar nessa festa. Incluir é muito maior do que estar, e sim pertencer”, frisou.
Da esquerda para a direita: a gerente de Trabalho e Assistência da Pessoa com Deficiência Dejane Nascimento; a secretária municipal da Pessoa com Deficiência Helena Werneck; a promotora de justiça Cristina Figueiredo; a juíza federal Claudia Valéria Fernandes Bastos; a desembargadora do TRT Alba Valéria Fernandes; e a defensora pública Mabel Neves Arce
Além dela, compuseram a mesa deste painel a desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho Alba Valéria Fernandes da Silva; a promotora de justiça Cristina Figueiredo de Castro; a defensora pública Mabel Neves Arce e a secretária municipal da Pessoa com Deficiência Helena Werneck.
No segundo painel, “O Futuro Começa Hoje: construindo um mercado de trabalho inclusivo”, foi debatida a atuação de empresas privadas, instituições da sociedade civil e do Poder Judiciário Fluminense na promoção da inclusão. O TJRJ foi representado pelo chefe de serviço de Ambiência e Acompanhamento de Pessoas do TJRJ, Márcio de Castro Aguiar. No Tribunal há 21 anos, Márcio, que é deficiente visual, relatou experiências de sua trajetória em busca de transformar o ambiente de trabalho em um local acolhedor e com respeito aos direitos das pessoas com deficiência. “É preciso acolher, receber bem e dar condições para as pessoas serem produtivas. Não se trata de caridade, mas de cidadania, empoderamento e igualdade. Aliás, mais que igualdade: equidade”, ressaltou.
Da esquerda para a direita: o presidente do Instituto Rede Incluir Antoniel Bastos; a gerente de Trabalho e Assistência da Pessoa com Deficiência Dejane Nascimento; o chefe de serviço de Ambiência e Acompanhamento de Pessoas do TJRJ, Márcio de Castro Aguiar; e o delegado da Organização Nacional de Cegos do Brasil Octavio Nicolás Carreño Morán
Ao lado dele estiveram o presidente do Instituto Rede Incluir Antoniel Bastos e o delegado da Organização Nacional de Cegos do Brasil Octavio Nicolás Carreño Morán.
O terceiro e último painel do simpósio teve a participação da juíza e ouvidora-geral do TJRJ Juliana Kalichsztein para falar sobre os desafios de adaptação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Ela explicou o funcionamento da Ouvidoria, que trabalha com um sistema informatizado personalizado, voltado para facilitar os canais de atendimento e auxiliar o trabalho de pessoas com deficiência que ocupam cargos no setor. Ainda neste painel, os jovens Guilherme Monteiro e Daniel Matos, que são PcDs, falaram sobre as suas experiências no mercado de trabalho e as dificuldades que superaram para que pudessem se consolidar em suas profissões.
Da esquerda para a direita: Guilherme Monteiro, Dejane Nascimento, a juíza Juliana Kalichsztein; e Daniel Mattos
Ao final, para celebrar um evento que trouxe informações sobre inclusão, respeito e dignidade, um pouco de música. De pé, a plateia aplaudiu e dançou ao som dos sucessos “Black or White” e “Billie Jean”, interpretados pelo artista José Jackson Down, que fez um cover do astro Michael Jackson com direito a chapéu, luva e passos de dança marcantes. Depois dele, foi a vez de Thor Kopperud, jovem diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista, que trouxe seu violão para cantar “New York, New York”, de Frank Sinatra, e encerrou sua apresentação com “We Are The World”.
O artista José Jackson Down fez uma apresentação musical depois dos debates
Thor Kopperud cantou e tocou violão no encerramento do evento
Encontro debate autismo e amplia compreensão do transtorno
Histórias de recomeço e esperança ganham vida nos projetos sociais do TJRJ
PB*
*Estagiário com supervisão de MB.
Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ