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Histórias de recomeço e esperança ganham vida nos projetos sociais do TJRJ
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 16/04/2025 12:20
Em tempos de renovação, histórias reais evidenciam como o TJRJ tem sido instrumento de acolhimento, dignidade e novos começos

A Páscoa é, para muitos, um tempo de renovação, de recomeços e de fé no que está por vir. No Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), essa simbologia se reflete nas histórias de pessoas que vivenciaram transformações por meio dos projetos sociais promovidos pelo Judiciário fluminense. De uma nova chance no mercado de trabalho a uma união sonhada, de um lar reconstruído à possibilidade de continuar servindo, o Tribunal tem sido palco de vidas que se redesenham – com apoio, dignidade e cidadania.

Myrtes de Souza conhece bem esse caminho. Em um momento de vulnerabilidade e desemprego, ela encontrou no projeto Inclusão Legal uma chance de recomeçar. “Eu não sabia quase nada, estava num momento difícil. Mas aprendi muito. Hoje estou na 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri e sigo aprendendo com o apoio da minha chefe. Esse projeto me abriu portas e trouxe lições que vou levar para sempre”, conta emocionada.


O Projeto Inclusão Legal promove a inserção social e profissional de pessoas em situação de vulnerabilidade por meio de oportunidades de trabalho nas unidades do TJRJ. Voltado a vítimas de violência doméstica, pessoas LGBTQIA+ e jovens em risco social, o projeto oferece acompanhamento técnico, atividades educativas, culturais e incentivo à qualificação, visando à cidadania, empregabilidade e dignidade.

 

Myrtes de Souza: projeto 'Inclusão Legal' ofereceu oportunidade de recomeço profissional após período de desemprego.

 

 

Outra iniciativa que destaca o compromisso com a inclusão e a empregabilidade é a parceria com entidades como o Instituto Rede Incluir, uma organização social sem fins lucrativos focada na empregabilidade de pessoas com deficiência. Convidado a participar de feiras de empregabilidade junto ao TJRJ, o instituto reforça o impacto dessas ações. Como destaca Antoniel Bastos, representante da organização: "Participar dessa ação com o TJRJ é promover inclusão, oferecer serviços essenciais e transformar vidas — especialmente das pessoas com deficiência."

Assim como Myrtes, Reinaldo Tiago da Cruz também viu sua vida mudar. Ex-morador de rua, ele chegou ao Tribunal pelas mãos de alguém que acreditou no seu potencial e lhe entregou uma simples camisa: o uniforme do projeto Justiça Cidadã. “Guardo essa camisa até hoje. O projeto mudou minha vida e a de muitos outros. Aprendemos como funciona o Tribunal, como ocorrem os julgamentos... A gente achava que Justiça era só prender, mas aqui dentro descobrimos que a Justiça acolhe e transforma”, diz Reinaldo.

"Descobrimos que a Justiça acolhe e transforma": Reinaldo Tiago da Cruz viu sua vida mudar após ser acolhido pelo projeto 'Justiça Cidadã'.

O Programa Justiça Cidadã capacita agentes multiplicadores, como líderes comunitários e gestores sociais, para disseminar noções básicas de direito, cidadania e métodos alternativos de resolução de conflitos. Com aulas ministradas voluntariamente por profissionais do Judiciário, o programa busca democratizar o acesso à Justiça, promover a paz social e fortalecer o uso consciente dos direitos por parte da população.

Acolhimento também é o que move Denise Tavares, aposentada que encontrou no Programa de Voluntariado uma forma de manter-se ativa e útil. Hoje, atua na direção do Fórum de São Gonçalo, com a mesma dedicação de seus tempos de trabalho. “Eu tomei conhecimento do voluntariado pelo site do TJ. Foi uma oportunidade maravilhosa, porque mesmo aposentada eu continuo contribuindo. Me sinto viva e parte de algo importante”, afirma.


O Programa de Voluntariado do TJRJ oferece a estudantes, graduados e servidores aposentados a oportunidade de atuar de forma espontânea e não remunerada nas unidades administrativas e judiciais do Tribunal. Regulamentado pela Lei do Serviço Voluntário (Lei 9608/1998), o programa incentiva a responsabilidade social, a cooperação e o desenvolvimento profissional, fortalecendo a cultura de cidadania e serviço público.

 

Denise Tavares, aposentada, encontrou no Programa de Voluntariado do TJRJ uma forma de seguir contribuindo e se manter ativa, atuando no Fórum de São Gonçalo.

 

Quem também acredita no poder da presença e do carinho é Sylvia Rocha, que participa da parceria entre o TJRJ e a Suipa, com campanhas de adoção de animais nas dependências do Tribunal. “É um ambiente formal. Mas, quando os servidores e magistrados veem nossos mascotes ali no hall, há um momento de pausa, um sorriso, uma leveza. É muito gratificante ver que toda vida importa e que podemos tocar as pessoas mesmo em ambientes sérios”, relata.

Através da parceria TJRJ-Suipa, Sylvia Rocha leva animais para adoção ao Fórum, notando que eles trazem "um sorriso, uma leveza" ao ambiente formal.

E se a Páscoa é também tempo de amor e celebração, o projeto Casamento Comunitário realizado no Museu do TJRJ emocionou André Terra, que pôde oficializar uma união de mais de três décadas. “Foi um sonho realizado. Um casamento lindo, emocionante, com fotos, música, tudo muito bem cuidado. Não ficou devendo nada para uma cerimônia tradicional. Um momento inesquecível que ficará para sempre na nossa memória”, diz André.

O projeto Casamento Comunitário do TJRJ promove cerimônias civis gratuitas para casais em situação de vulnerabilidade, garantindo o acesso à formalização da união estável. Realizado em espaços simbólicos como o Museu da Justiça, o projeto proporciona um momento de celebração com estrutura digna e acolhedora, fortalecendo vínculos familiares e promovendo inclusão social.

Ações sociais já beneficiaram mais de 4 mil só neste ano

Em 2025, os programas sociais de acesso à justiça e cidadania já beneficiaram mais de 4.100 pessoas. No ano passado, foram mais de 171 mil beneficiários. Para o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Ricardo Couto de Castro, as ações sociais desenvolvidas representam a essência do que é fazer Justiça com humanidade e propósito: “Em cada uma dessas histórias, vemos o verdadeiro significado da Justiça: promover dignidade, criar oportunidades e acreditar no potencial de cada ser humano. Os projetos sociais refletem nosso compromisso com uma Justiça que acolhe, transforma e dá sentido novo à vida das pessoas. Neste período de Páscoa, renovamos também nossa missão de construir um Judiciário mais humano e próximo da sociedade”, afirmou o magistrado.

Já o secretário-geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Tribunal, Carlos Eduardo Menezes da Costa, reforça que os resultados dos projetos são fruto de um trabalho contínuo de escuta, articulação e compromisso com a inclusão: “Cada projeto é fruto de um esforço coletivo para levar cidadania e acolhimento às pessoas que mais precisam. A SGSUS tem trabalhado para que o Tribunal seja um espaço onde a Justiça se materialize não apenas nas decisões, mas também nas ações concretas de inclusão e transformação social. Ver essas histórias ganhando vida é a maior recompensa do nosso trabalho”, destacou.

FB/MB