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Coem participa de lançamento das primeiras Casas da Mulher Brasileira no Rio de Janeiro
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 15/04/2025 21:02

A imagem mostra um grupo diverso de aproximadamente 30 pessoas posando para uma foto coletiva em um ambiente elegante, com paredes de mármore e cortinas verdes. O grupo está disposto em semicírculo ao redor de uma grande mesa de vidro, refletindo parcialmente os participantes. A maioria das pessoas são mulheres, de diferentes idades e estilos, algumas usando roupas formais e outras mais casuais.

Coem participa do lançamento de projeto para construção de casas de acolhimento para mulheres vítimas de violência doméstica
 

Os juízes Orlando Eliazaro Feitosa e Ane Cristine Scheele Santos, membros da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Coem), participaram do lançamento das primeiras Casas da Mulher Brasileira no Estado do Rio de Janeiro. A cerimônia foi realizada nesta terça-feira (15/4), no Salão Verde do Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado do Rio, e reuniu integrantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário com um objetivo: assinar os contratos de repasse de verbas para dar início à construção das casas de acolhimento para mulheres vítimas de violência doméstica.  

A celebração foi realizada pela secretária de Estado da Mulher do Rio, Heloisa Aguiar, ao lado da primeira-dama do Estado do Rio, Analine Castro, e da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. A proposta da Casa da Mulher Brasileira é ser um espaço que una diferentes serviços especializados para atender a mulher vítima de violência doméstica. 

A primeira unidade será instalada no bairro de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio; e a segunda, no Município de Volta Redonda. A previsão é de que as casas fiquem prontas em agosto de 2026.  

Os juízes do TJRJ participam do lançamento do projeto no Palácio Guanabara

Os juízes Ane Cristine Scheele Santos e Orlando Eliazaro Feitosa, da Coem, participam da cerimônia no Palácio Guanabara

Para o juiz Orlando Feitosa, trabalhar em rede e de forma integrada com os outros órgãos e instituições é essencial para garantir que a violência contra a mulher seja combatida de forma eficaz. “Essa política pública, desenvolvida a partir da União Federal, agrega diversos atores do sistema de justiça, criando uma rede de enfrentamento à violência. O caso não fica isolado, ele passa a ter um tratamento total e faz com que as mulheres sejam melhores assistidas, fortalecendo a sua proteção”, explicou.

“A vítima de violência doméstica possui mais demandas do que apenas as que se veem, que são aparentes no corpo”, acrescentou a juíza Ane Santos. “Essa mulher precisa de um encaminhamento para um aparelho de saúde, se ela foi agredida fisicamente. Mas também precisa de um atendimento psicológico porque sua mente está atribulada. Precisa de uma assistência social porque ela sai fugida de casa e só está com a roupa do corpo. E precisa de um atendimento jurídico. O objetivo é que tudo isso seja feito no mesmo lugar”, completou.

A iniciativa para a construção das unidades partiu do governo federal que, por meio do programa “Mulher Viver Sem Violência”, do Ministério das Mulheres, investiu R$ 28,5 milhões para colocar os imóveis de pé – que passarão a ser administrados pelo governo estadual. Durante a cerimônia, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, reforçou a importância da ação:  “Seis mulheres morrem todos os dias pelo fato de serem mulheres. A cada seis minutos, temos meninas e mulheres sendo violentadas sexualmente. Isso é muito grave. E pior ainda: não é mais na rua que isso acontece, é dentro das casas. Os desafios se aperfeiçoaram e nós também precisamos aperfeiçoar e melhorar a qualidade do atendimento do Estado para resolver essa problemática”.

KB/MB

Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ