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Juíza do TJRJ participa do 1° Encontro de Mulheres na Justiça Restaurativa
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 25/03/2025 18:14

Duas mulheres posam juntas tendo ao fundo uma mesa grande, um telão e uma pessoa de costa. A imagem sugere uma foto de integração pós seminário. Estão na foto a juíza Claudia Marcia Vidal, do TJRJ, e a desembargadora Joanice Guimarães, do TJBA

                    A juíza Cláudia Márcia Goncalves Vidal posa com a desembargadora Joanice Guimarães (TJBA)
 

A juíza Cláudia Márcia Gonçalves Vidal, do V Juizado Especial Criminal do Méier, participou do “1º Encontro Nacional de Mulheres da Justiça Restaurativa”, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e realizado no Conselho da Justiça Federal (CJF), em Brasília, entre os dias 19 e 21 de março. A magistrada, também diretora do Fórum do Méier, coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania e integrante do Comitê Permanente de Acessibilidade e Inclusão (COMAI), representou o Judiciário fluminense com uma palestra sobre o tema “Mães Atípicas”. 

“O objetivo do projeto é dar visibilidade à maternidade atípica e as suas implicações nos núcleos familiares e na sociedade. Os desafios que essas mães encontram são inúmeros. A prática pode ser replicada em outros contextos por meio da formação de facilitadores em Justiça Restaurativa e da criação de grupos de apoio estruturados. A experiência mostra que, com escuta qualificada e metodologias restaurativas, é possível oferecer suporte a mães atípicas em diferentes regiões, seja dentro do sistema de justiça, em escolas ou em comunidades", destacou a magistrada.

Para a juíza, o encontro proporcionou debates e metas que visam promover o diálogo, a resolução de conflitos e a reparação de danos causados por delitos com o protagonismo feminino no Poder Judiciário, além de dar visibilidade à maternidade atípica e as suas implicações nos núcleos familiares e na sociedade.

“A iniciativa surgiu a partir da percepção de que mães atípicas frequentemente enfrentam desafios invisibilizados, tanto na sociedade quanto no sistema de justiça. Muitas lidam com o isolamento, a falta de apoio e, em alguns casos, processos judiciais que não consideram suas realidades. A Justiça Restaurativa surge como um caminho para proporcionar escuta qualificada, fortalecer essas mulheres e promover soluções mais humanizadas para os desafios que enfrentam”, acrescentou.

A magistrada considerou a experiência de participar do encontro muito positiva porque promoveu o fortalecimento da participação feminina nesse cenário, com a troca de informações e o desenvolvimento de estratégias inovadoras. Essa experiência enriquece o trabalho no projeto “Mães Atípicas”.

“A prática consiste na realização de círculos restaurativos, encontros reflexivos e construção de redes de apoio entre as participantes. O público-alvo são mães que, muitas vezes, lidam com sobrecarga emocional, falta de suporte institucional e dificuldades no acesso a direitos.

Os resultados obtidos incluem o fortalecimento do senso de pertencimento, a promoção de um olhar mais humano para essas mães dentro do sistema de justiça e a ampliação do diálogo entre famílias, escolas e instituições públicas. Além disso, a experiência tem mostrado que, ao serem acolhidas, essas mulheres se tornam agentes de transformação em suas comunidades”, disse.

O evento reuniu mais de 300 mulheres de todo o Brasil, entre magistradas, promotoras de justiça e facilitadoras restaurativas, que atuam nos Tribunais estaduais e federais, no Sistema de Justiça, em instituições de ensino, entidades comunitárias e na sociedade civil organizada.


SV/FS

Foto: Divulgação