4ª Vara de Família Regional do Méier inicia implantação do aplicativo ‘Vida Compartilhada’
A juíza Rachel Chrisprino, o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Cardozo, e a desembargadora Ana Cristina Dib definiram a implantação do aplicativo pela 4ª Vara de Família Regional do Méier
A 4ª Vara de Família Regional do Méier inicia, nesta semana, a implantação do aplicativo “Vida Compartilhada”, criado para o preenchimento de informações sobre a vida cotidiana de filhos de pais separados em regime de guarda compartilhada, como educação, segurança, viagens, acidentes e doenças sobre os menores. A nova ferramenta foi idealizada e doada pela Associação Vida Compartilhada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o TJRJ será o Tribunal pioneiro na utilização do dispositivo.
As informações fornecidas permanecerão confidenciais, podendo ser acessadas – como forma de contribuir na celeridade de tramitação de um processo judicial em uma Vara de Família – somente por representantes do Judiciário e do Ministério Público que sejam partes envolvidas.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (9/12) e reuniu o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo; a desembargadora Ana Cristina Dib; a juíza Raquel Chrisprino; o juiz Ricardo Lafayette; o juiz João Luiz Ferraz de Oliveira Lima; o juiz Alberto Republicano; o secretário-geral de Tecnologia da Informação, Daniel Haab, a servidora Virna Amorim; e a advogada Natashy Vainstok.
A desembargadora Ana Cristina Nascif Dib Miguel falou do novo instrumento, que será um facilitador para os pais separados, e sobre a escolha da 4ª Vara de Família Regional do Méier.
“Percebemos que a Lei 13.058/2014, apesar de regulamentar a guarda compartilhada, na prática, muitas vezes, não conseguíamos vislumbrar e visualizar o resultado do objetivo da Lei. Esse aplicativo vai facilitar a convivência harmônica e igualitária entre os genitores e as crianças e adolescentes, evitando dessa forma discussões e desavenças, além de também evitar futuras ações. A doutora Raquel Crispino, da 4ª Vara de Família, é muito engajada. Tenho certeza de que o aplicativo está em excelentes mãos e também tenho certeza de que será um sucesso”, explicou a magistrada.
“Nós temos um desafio muito grande na Vara de Família que é o de criar espaços seguros para que os pais separados conversem logo depois da separação. Essa conversa é muito difícil. A nossa tarefa, como juízes de família, é tentar construir a guarda compartilhada e ajudar essas pessoas a conviverem. Recentemente, depois de uma longa audiência e de fazer um acordo provisório, propus aos pais o uso do aplicativo, que nós seríamos o piloto e perguntei se eles teriam interesse em participar, que eles seriam o primeiro casal. Pareceram bastante propícios a aderir. Amanhã, eu vou telefonar e marcar para eles irem lá fazer o cadastro. Eles serão a primeira dupla a usar o ‘Vida Compartilhada’ e eu vou ficar muito contente por participar da aplicação prática de um aplicativo tão interessante”, contou a juíza Raquel Crispino.
IA/MB
Foto: Rosane Naylor/TJRJ