Autofit Section
Autofit Section

Resumo do Processo de Inês Etienne Romeu

            Inês Etienne Romeu (1942-2015) foi uma militante, integrante da luta armada, presa política e conhecida como a única sobrevivente da “Casa da Morte”, local clandestinamente utilizado para tortura e assassinatos pelos órgãos de repressão da Ditadura Civil-Militar Brasileira (1964 -1985).

Em 1971, Inês foi presa na cidade de São Paulo pela equipe do delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury. Levada para Petrópolis, ficou presa ilegalmente por 3 meses, onde sofreu diversas torturas, incluindo violência sexual. O local de seu cativeiro se tornou público com o relato da própria vítima, uma década depois. Com as informações de que se lembrava, conseguiu precisar a localização da casa e identificar o comerciante Mário Lodders como o dono imóvel que fora cedido ao Exército e utilizado como centro de tortura e execução de presos políticos.

Em 1981, Inês ingressou na justiça com uma ação de Indenização por Dano Moral contra Mário Lodders. No processo constam a declaração das bárbaras torturas sofridas, os codinomes dos torturadores, os nomes das vítimas assassinadas na casa, a planta baixa, a descrição dos cômodos, além de fotografias e matérias jornalísticas.

Fontes Consultadas

CNV e Comissão Rubens Paiva relembram luta das mulheres contra a ditadura Disponível em: http://cnv.memoriasreveladas.gov.br/outros-destaques/232-cnv-e-comissao-rubens-paiva-relembram-luta-das-mulheres-contra-a-ditadura.html. Acesso em: 16 mai. 2024

BERNARDO, André. A história da ‘Casa da Morte’ contada por única sobrevivente. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-55492932. Acesso em: 15 mai. 2024.

LEITE, Isabel Cristina; GUMIERI, Júlia; CARVALHO Lucila Lang Patriani de; GHERINI Pamela Michelena De Marchi. Se eu morrer, Inês Etienne e a denúncia da violência de Estado e de gênero. Disponível em: https://memorialdaresistenciasp.org.br/wp-content/uploads/2021/10/seeumorrer_red.pdf. Acesso em:16 mai. 2024.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA (Rio de Janeiro). Museu da Justiça. Ação Cível de Danos Morais contra Mario Lodders, 1981.