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Ao doador de sangue nosso reconhecimento e agradecimento
Notícia publicada por DECCO-SEDIF em 22/06/2021 14:44

A semana que se iniciou em 14 de junho, dia internacional do doador de sangue, foi dedicada a   agradecer aqueles que, sem um interesse particular, percebem:

“[...] todos os elementos em sinergia, fortalecem a totalidade da existência”, e que a solidariedade “[...] cria entre os homens todo um sistema de direitos e deveres que os ligam uns aos outros de maneira duradoura”1.

Somos conscientes de que, ao nos solidarizar com o outro, contribuímos não somente com alguns indivíduos, mas para com todos nós, já que, em um momento, poderemos ser doadores e, em outro, receptores de sangue. Designada pela Assembleia Mundial da Saúde em 2005, em “uma homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner, imunologista austríaco que descobriu o fator Rh e as várias diferenças entre os tipos sanguíneos”2, a data tem como objetivo divulgar a essencialidade da manutenção adequada de um estoque de sangue.

Apesar de a transfusão de sangue ser uma conquista da humanidade, que a buscava desde 1616, quando William Harvey descobriu a circulação sanguínea, falar de sangue evoca alguns significados especiais, tais como2:

 “[...] suar sangue” com o sentido de trabalhar em excesso; “subir o sangue à cabeça”, com o significado de ficar enfurecido; “ter o sangue quente”, cuja acepção é a mesma que “ter sangue nas veias”, denotando ser genioso e irritadiço, além de tantos sentidos, significa cultura, existência, família e raça” (sangue do meu sangue).2

Sendo o sangue capaz de abarcar tantos significados em nossas vidas, surge a pergunta:

POR QUAIS MOTIVOS A ADESÃO À DOAÇÃO DE SANGUE É TÃO BAIXA?

Para Barboza3, são vários os motivos pelos quais não nos tornamos doadores de sangue regulares, cabendo destacar: a falta de aptidão física para doar, o medo de sentir dor ou de agulha, a indisponibilidade de tempo, o fato de nunca ter sido convidado, a inconveniência do ato, e, ainda, por motivos religiosos. É de fundamental importância que as campanhas de comunicação sejam capazes, além de esclarecer completamente todos os requisitos para a doação, também desmitifiquem os medos relacionados à doação de sangue4

Independentemente desses receios, cerca de 2% da população brasileira são doadores regulares de sangue5 e percebem a doação como uma fonte de vida, um gesto prestativo e solidário, que traz vários benefícios também ao doador, tais como felicidade, satisfação pessoal e o acompanhamento regular da própria saúde, gerando uma tendência a cuidar-se6.  

Ciente das barreiras ao aumento do número de doadores, o TJRJ realiza, por meio de parcerias com hemocentros, campanhas de motivação e esclarecimento, além de disponibilizar suas instalações a fim de facilitar a doação de sangue por parte de seus servidores e colaboradores.

Quer conhecer um pouco mais sobre doação de sangue? Acesse: Perguntas e Respostas sobre DOAÇÃO DE SANGUE

Referências:

  1. Rosane Suely May Rodrigues PereimaI, Kenya Schmidt ReibnitzI, Jussara Gue MartiniII, Rosane Gonçalves NitschkeII. Doação de sangue: solidariedade mecânica versus solidariedade orgânica. Rev Bras Enferm, Brasília 2010 mar-abr; 63(2) : 322-7.
  2. Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/14-6-dia-mundial-do-doador-de-sangue-2/
  3. BARBOZA, Stephanie Ingrid Souza. Marketing social aplicado à doação de sangue: fatores condicionantes de comportamento. Universidade Federal da Paraíba. UFPB/CCSA. 2012.
  4. PEREIRA, Jefferson Rodrigues; BUENO, Natália Xavier; MATOS, Eliane Bragança de; DIAS, A.M e Ornelas, C.O.; REZENDE, Leonardo Benedito Oliveira, SOUSA, Caissa Veloso e. Doar ou não doar, eis a questão: Uma análise dos fatores críticos da doação de sangue. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2016/Fev). Está disponível em: http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/doar-ou-nao-doar-eis-a-questao-uma-analise-dos-fatores-criticos-da-doacao-de-sangue/15488?id=15488
  5. “Menos de 2% da população doa sangue regularmente, diz Ministério da Saúde.” Disponível em https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2016/11/geral/533350-menos-de-2-da-populacao-doa-sangue-regularmente-diz-ministerio-da-saude.html.
  6. BENETTI , Salete Regina Daronco. Vida e medo: significado atribuído ao sangue pelos doadores e receptores. Universidade Federal do Paraná. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM. Dissertação. 2004

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