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Desafios da liderança no século XXI
Notícia publicada por DECCO-SEDIF em 29/07/2019 13:24

O mundo no século XXI não é mais aquele nosso velho conhecido! Muita coisa mudou e nos mais diversos aspectos que impactam nossa vida cotidiana: os costumes, a ciência, a economia, a tecnologia e, como não poderia deixar de ser, todas essas mudanças se refletem no mundo do trabalho.

A liderança no século XXI precisa enfrentar múltiplos e diferentes desafios das gerações anteriores. Somente para citar alguns: novas profissões, instabilidade econômica, constantes avanços tecnológicos e o convívio entre várias gerações. Um mesmo ambiente organizacional é compartilhado por baby boomers, gerações X, Y e Z, com valores, percepções de mundo e, portanto, expectativas para com o seu trabalho muito distintas. Para os jovens as relações institucionais se dão de forma mais horizontalizada e, muitas vezes, apresentam dificuldades em reconhecer a autoridade formal. Seu comportamento é mais informal e questionador, sua motivação se dá de forma diversa e seu vínculo com a instituição mais vulnerável.

Para o gestor da área pública, se somam ao exposto acima, questões exclusivas a esse setor. Para Carmo[1] et al (2017, p.165), o setor público no Brasil vem tentando acompanhar a evolução dos modelos de gestão baseados na iniciativa privada, porém ainda carrega traços de três tipos de administração pública, a baseada no Estado patrimonial, a burocrático e a gerencial. Cabe destacar que o modelo burocrático ainda permanece muito presente, em especial na rigidez das normas que, muitas vezes, “inibem as transformações e desestimulam inovações” (Costa, 2008, apud Carmo et al 2017), o que torna o ambiente complexo e desafiador para a gestão de pessoas. É importante lembrar também que, segundo Rossi[2] (2010, p. 305):

“[...] trabalhar é sempre enfrentar o real e não apenas aplicar procedimentos ou a execução simples e rigorosa do prescrito. Ao incidir sobre a dimensão humana, a execução da tarefa se configura como aquilo que deve ser ajustado, rearranjado, imaginado, inventado, acrescentado pelos homens e mulheres para dar conta dos imprevistos, dos acontecimentos fortuitos, das contradições, das fontes de erros, das informações que se perdem ao longo do caminho”. (ROSSI, 2010, p.305)

Acrescente-se a isso que, desde a Constituição de 1988, a sociedade brasileira vem ampliando sua demanda por serviços públicos e suas expectativas para com sua qualidade. Além disso, o setor de serviços tem em sua essencialidade as pessoas, pois como bem define Juran (1992, p.304 apud Vargas[3] 2012), serviço é “o trabalho desempenhado por alguém”.

Assim sendo, a administração pública vem reconhecendo que a qualificação para gerir pessoas não deve ficar restrita somente à área de Recursos Humanos, mas que necessita expandir e buscar alcançar todos os gestores.

O Programa de Formação Integral de Gestores, que a Escola de Administração Judiciária - ESAJ oferece aos gestores das áreas administrativa e jurisdicional, vai ao encontro dessa proposta, qual seja, a de formar lideranças com habilidades técnicas e comportamentais para melhor desempenhar suas funções nesse mundo em constante mudança. Clique aqui e acesse os tópicos abordados.

 

[1] CARMO, J.L. O. et al; Gestão estratégica de pessoas no setor público: percepções de gestores e funcionários acerca de seus limites e possibilidades em uma autarquia federal. Rev. Serv. Público Brasília 69 (2) 163-191 abr/jun 2018.

[2] ROSSI, E.Z.; A Psicodinâmica do Trabalho: um olhar sobre a saúde do trabalhador. In: Gestão de pessoas: bases teóricas e experiências no setor público/organizado por Marizaura Reis de Souza Camões, Maria Júlia Pantoja e Sandro Trescastro Bergue. – Brasília: ENAP, 2010

[3] VARGAS, M.R.; Qualidade na prestação dos serviços: um estudo sobre a percepção de usuários dos serviços da associação hospitalar tucunduva e novo machado. TCC - UNIJUI – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Santa Rosa, 2012.

 

HNA