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DIA DO PROFESSOR: a importância das relações afetivas
Notícia publicada por DECCO-SEDIF em 15/10/2021 11:30

Neste ano de 2021, mais uma vez, o Dia do Professor é comemorado sem o retorno completo às salas de aula de forma presencial. Desde o início da pandemia da COVID-19, os professores vêm enfrentando percalços, que se somaram aos que já existiam, pelos quais nunca haviam imaginado passar. Subitamente, a escola, “uma oficina de relacionamentos, de conhecimentos e de movimentos”1, foi interditada.

Além de ter de conviver com as agruras intrínsecas à situação pandêmica, encararam o grande desafio de adaptação ao Ensino Remoto Emergencial (ERE), com novas tecnologias e peculiaridades escolares e situações particulares a cada aluno e suas respectivas famílias. Tudo isso somado à angústia de buscar uma alternativa que viabilizasse o exercício de sua profissão, sem deixar de lado a essencialidade da relação aluno-professor.

Mas qual é a essência dessa relação? O professor, ainda que não o único, é um mediador entre o sujeito (o aluno) e o objeto de conhecimento (os conteúdos escolares); e as relações entre o aluno, o professor e os conteúdos são profundamente permeadas pelo afeto2. Para Mahoney1:

“O professor e o aluno constituem um par unitário, indivisível, quando analisamos o que ocorre em sala de aula. A aprendizagem é o resultado desse encontro1.”

Frente à perda iminente dessa possibilidade de encontro, os professores reagiram e se propuseram a conhecer, compreender e implantar rapidamente o ensino remoto, buscando formas de implantar atividades que resgatassem as relações interpessoais entre eles e os alunos: olhares, posturas, conteúdos verbais, contatos, proximidade, tom de voz, formas de acolhimento, instruções, correções, entre outras [2 e 3]. Tarefa nada fácil em um ambiente com problemas de conectividade e, muitas vezes, de certo modo, reduzindo o aluno a um “quadradinho”.

Apesar de tudo que foi preciso combater, também é possível reconhecer alguns benefícios no ensino online, tais como: a possibilidade de se apresentar aos estudantes uma pluralidade de conteúdos, muito além do livro e caderno, na qual os professores aprendem novas tecnologias, o que os aproxima de seus alunos.4 (Oliveira, apud, BRASIL ESCOLA UOL, 2020, online):

Agora, quando estamos cautelosamente voltando a nos encontrar, é preciso que reconheçamos o valor dos vínculos afetivos em nossa educação.

PARABÉNS a todos os professores!

 

 

Referências

  1. MAHONEY, Abigal Alvarenga. Contribuições de H. Wallon para a reflexão sobre questões educacionais.
  2. LEITE, Sérgio Antônio da Silva. Afetividade nas práticas pedagógicas. Temas em Psicologia [en linea]. 2012, 20(2), 355-368[fecha de Consulta 14 de Outubro de 2021]. ISSN: 1413-389X. Disponível en: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=513751440006
  3. MENDONÇA Mota, G., Sousa, J. G. de J., Becker, T. P. de A., & Paranahyba, J. de C. B. (2021). Afetividade na relação professor-aluno no ensino remoto emergencial: uma experiência de estágio: Una experiencia de pasantía. Em Rede - Revista De Educação a Distância, 8(1). https://doi.org/10.53628/emrede.v8.1.734
  4. OLIVEIRA, Jéssica Midori Matsuda de. As dificuldades docentes em tempos de pandemia. Disponível em  http://www.abed.org.br/congresso2020/anais/trabalhos/58521.pdf

HA/CHC

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