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Memória do Poder Judiciário: Museu da Justiça e Biblioteca EMERJ conquistam prêmios CNJ
Notícia publicada por DECCO-SEDIF em 13/05/2022 18:04

O que as bibliotecas e os museus têm em comum, para além de serem locais de memória, de busca, produção e disseminação do conhecimento?

No caso do TJRJ, mais especificamente do Museu da Justiça e da Biblioteca da EMERJ, a convergência se dá na busca por compartilhar o conhecimento com a sociedade, por meio da proximidade com seus públicos. Esse trabalho foi reconhecido, em 13 de maio de 2022, ao serem agraciados com o prêmio CNJ Memória do Poder Judiciário

MUSEU DA JUSTIÇA

Premiado com a exposição e mostra de documentos judiciais “Pandemia e Epidemias no Rio de Janeiro”. A mostra, uma proposta da Diretoria-Geral de Gestão e de Difusão do Conhecimento (DGCOM), apresenta as grandes epidemias que recaíram sobre a cidade do Rio de Janeiro – febre amarela, varíola, gripe espanhola e Covid-19 – e seus principais personagens, provocando uma reflexão sobre o papel dos agentes públicos, da sociedade e do Poder Judiciário no enfrentamento desses males.

Tendo concorrido na categoria “Difusão Cultural e Direitos Humanos”, o prêmio reconhece um trabalho em sintonia com a concepção de que um museu tem o poder de transformar o mundo. Nessa perspectiva, a exposição é a “ponta do iceberg” de todo o trabalho desenvolvido por um museu, em seu propósito de propiciar uma maior aproximação com seu público e, nesse sentido, a exposição não poderia ser mais acertada.1

Em um momento em que o mundo todo sofria com a pandemia de Covid-19, em que as vacinas já estavam à disposição da população (o Museu da Justiça abrigou um posto onde, no período entre 18 de outubro e 9 de dezembro de 2021, 8.695 pessoas foram vacinadas) e o Museu da Justiça voltava a receber visitantes presencialmente, a exposição se mostrou alinhada com a visão de que é necessário conhecer, compreender e buscar falar diretamente com o que “toca” esse público. Nada mais coerente com o mencionado por Cury2: “Conceber e montar uma exposição sob o viés da experiência do público significa escolher um tema de relevância científica e social e organizá-lo material e visualmente no espaço físico com o objetivo de estabelecer uma relação dialética entre o conhecimento que o público já tem sobre o tema em pauta e o novo conhecimento que a exposição está propondo. A exposição é pensada e montada tendo como ponto de partida a experiência prévia do público, pois é a partir de sua experiência que o visitante recria a exposição.”.

A passagem acima sintetiza o que foi a exposição “Pandemia e Epidemias no Rio de Janeiro”.

BIBLIOTECA EMERJ

Premiada na categoria Patrimônio Cultural Bibliográfico, com o projeto de digitalização das 2800 obras raras do acervo da Biblioteca EMERJ/TJRJ. A proposta surgiu em atendimento a três necessidades do serviço prestado pela Biblioteca EMERJ/TJRJ: acessibilidade, difusão do conhecimento e preservação das obras. Seu começo ocorreu durante o período da pandemia de Covid-19, tornando a iniciativa ainda mais premente e importante.

A iniciativa ratifica a ideia defendida por Christin Jacob3, que nos seguintes termos caracteriza a biblioteca: “Lugar de memória nacional, espaço de conservação do patrimônio intelectual, literário e artístico [...]. É um lugar de diálogo com o passado, de criação e inovação, e a conservação só tem sentido como fermento dos saberes e motor dos conhecimentos, a serviço da coletividade inteira.”.

Esse ideário evidencia a importância do projeto conduzido pela EMERJ.

 

PARABÉNS a todos que, de alguma forma, contribuíram para que ambas as iniciativas se tornassem realidade.

 

HA/WL

Referências:

  1. CURY, Marília Xavier. Exposição: concepção, montagem e avaliação. São Paulo: Anablume, 2006.
  2. Idem, ibdem.
  3. BARATIN, M.; JACOB, C. O poder das bibliotecas: a memória dos livros no Ocidente. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2000.
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