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Central Judiciária de Acolhimento da Mulher Vítima de Violência Doméstica comemora dez anos
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 18/01/2021 18:09

A Central Judiciária de Acolhimento da Mulher Vítima de Violência Doméstica (Cejuvida) está comemorando dez anos. E em homenagem ao aniversário magistrados, funcionários da central, representantes de órgãos e instituições ligados à proteção da mulher realizaram, no dia 14 de janeiro, evento virtual com debate sobre o tema.  

Durante o encontro foram apresentados os desafios e as conquistas do serviço enquanto política pública essencial de acolhimento humanizado das vítimas e seus dependentes durante o horário de funcionamento do Plantão Judiciário. 

Na oportunidade, a juíza Katerine Jahathay Nygaard, da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Coem), ressaltou a necessidade da criação de uma Casa de Atendimento Provisório de Curta Duração para acolher as mulheres que não podem ingressar em abrigos sigilosos por questões de saúde ou em razão de outras condições que podem comprometer o sigilo do abrigo, necessitando de um local provisório superar o momento de dor. 

- A Cejuvida presta um serviço essencial para o acolhimento da mulher vítima de violência doméstica e seus dependentes nos períodos em que os centros de referência e os juízos especializados não estão funcionando. Muitos casos ocorrem no horário noturno ou durante feriados, e, para que as vítimas não fiquem desamparadas, os serviços da central devem ser acionados pelo judiciário, centros de referência, delegacia de polícia ou pela própria vítima - destacou a magistrada. 

A violência contra as mulheres aumentou significativamente em 2020 em função da pandemia. Os registros apontam que a Cejuvida atingiu recorde de atendimentos: no ano passado, foram registrados 3.395 atendimentos de vítimas de violência doméstica e familiar pelo projeto no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). Em 2019, foram 1.963. Do número total de mulheres atendidas de janeiro a dezembro, 46 foram encaminhadas aos abrigos. 

A importância do serviço prestado, que  em  caso de necessidade permite a busca da vítima na delegacia localizada a uma distância de até 150km do Plantão Judiciário da Capital, foi destacada pela juíza Elen de Freitas Barbosa, titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher da Comarca de Três Rios. Através da Cejuvida, ela  conseguiu acolher vítimas da região que foram encaminhadas para um abrigo na Região Metropolitana do Rio. 

- Eu já utilizei o serviço da Cejuvida em duas oportunidades. Em Três Rios, como na maioria dos municípios do interior, não há abrigo para mulheres vítimas de violência, bem como não há centro de especializado para atendimento e acolhimento dessas mulheres. Assim, em dois casos graves onde se fazia necessário o abrigamento da vítima até a efetivação da prisão preventiva do agressor, minha equipe entrou em contato com a Cejuvida, tendo a equipe se deslocado até minha Comarca para acolhimento da vítima, levando a mesma para abrigamento em equipamento do estado situado na Capital - contou. 

Para obter maiores informações é possível através do Portal do Observatório Judicial da Violência contra a Mulher  /web/guest/observatorio-judicial-violencia-mulher/cejuvida 

 

Serviço: 

CEJUVIDA 

Plantão Judiciário - Rua Dom Manoel, s/nº 

Horário de Funcionamento: 18h a 11h do dia seguinte, finais de semana e feriados 

Tel. 21 3133-3894 / 21 3133-4144 

 

SV/FS